Cidades
EXPECTATIVA DE VIDA DE ALAGOANAS EM RELAÇÃO A HOMENS É MAIOR DO PAÍS
Esperança de vida feminina é de 77,5 anos no Estado, enquanto a masculina chega a 67,9 anos; uma diferença de 9,5 anos

O Guiness Book — livro que contém uma coleção de recordes e superlativos reconhecidos internacionalmente — certifica a americana María Branyas Morera, de 115 anos, como a mulher mais velha do mundo. O título, no entanto, poderia ser da alagoana Josefa Maria da Conceição, falecida na última segunda-feira (27), aos 121 anos. Não por acaso, desde 2019 a publicação iniciou uma avaliação para conferir tal reconhecimento à Dona Josefa. A idade da alagoana, natural do município do Pilar, chamou a atenção para sua longevidade, e trouxe à tona um tema que costuma ser foco de discussão entre especialistas: a expectativa de vida da população, especialmente a diferença entre homens e mulheres. Em Alagoas, a esperança de vida feminina ao nascer é de 77,5 anos, enquanto a masculina chega a 67,9 anos — uma diferença de 9,5 anos, a maior entre os sexos do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bahia aparece em segundo lugar do ranking da diferença entre a esperança de vida ao nascer entre homens e mulher com um 9,2 anos em favor ao público feminino. Naquele Estado, enquanto os homens têm expectativa de vida de 69,7 anos, as mulheres chegam a 78,9 anos. De acordo com o IBGE, os maiores diferenciais de mortalidade por sexo refletem os altos níveis de mortalidade de jovens e adultos jovens por causas violentas, que incidem diretamente nas magnitudes das esperanças de vida ao nascer da população masculina. Quando consideradas as idades tanto de 60 como 65 anos, a partir das quais pode-se definir os indivíduos como idosos, a diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres alagoanos diminui. Para o público masculino, a média é de 80,6 anos, enquanto as mulheres chegam aos 84 anos. De um modo geral, mostra o IBGE, a expectativa de vida dos alagoanos é de 72,7 anos - a quinta menor do País, atrás apenas dos estados do Maranhão (71,4 anos), Piauí (71,6), Rondônia (71,9), Roraima (72,4) e Amazonas (72,8). Na outra ponta, Santa Catarina aparece com maior expectativa de vida entre as 27 unidades da federal, com 79,9 anos. Em seguida aparecem o Espírito Santo (79,1), São Paulo (78,9), Distrito Federal (78,9) e Rio Grande do Sul (78,9). Na média nacional, a expectativa de vida ao nascer é de 77 anos. Os dados do IBGE toma como base o ano de 2021. Na comparação com 2020, quando era de 76,8 anos, aumentou em 2 meses e 26 dias. Para a população masculina, a esperança de vida ao nascer seria de 73,6 anos, e, para as mulheres, de 80,5 anos, em 2021. O órgão lembra que a estimativa de vida vem crescendo desde 1940. Naquele ano, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de apenas 45,5 anos, ou seja, os brasileiros hoje vivem, em média, 31,5 anos a mais do que em meados do século passado. O aumento da expectativa de vida ao nascer está diretamente relacionado com a queda da probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, que, entre 2020 e 2021, passou de 11,5 para 11,2 a cada mil nascimentos.
A expectativa de 77 anos de vida é para quem nasceu no Brasil em 2021. Isso não significa que ao completar essa idade o brasileiro já esteja fadado à morte. A projeção feita pelo IBGE aponta apenas que a tendência média da população é atingir essa idade.
Para os idosos que já tinham 77 anos completos em 2021, a expectativa era de viverem, pelo menos, mais 11,4 anos, chegando, pelo menos, aos 88 anos de idade. Já para quem tinha 30 anos completos, a expectativa era de mais 49,2 anos de vida, alcançando, pelo menos, 79,2 anos de idade.