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Nº 5822
Cidades

Pais v�o encontrar transplantados

Os pais de Israel Franco, Simone e Tanízio Franco, devem conhecer, amanhã, duas das quatro pessoas que receberam órgãos de seu filho, assassinado em Jaraguá com um tiro na cabeça. O encontro vai ocorrer na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, às 10h, on

Por | Edição do dia 20/01/2005 - Matéria atualizada em 20/01/2005 às 00h00

Os pais de Israel Franco, Simone e Tanízio Franco, devem conhecer, amanhã, duas das quatro pessoas que receberam órgãos de seu filho, assassinado em Jaraguá com um tiro na cabeça. O encontro vai ocorrer na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, às 10h, onde os transplantados José Fernando de Almeida e Silva (coração) e Laércio Carneiro de Almeida, 52 (rim) estão internados e em recuperação após terem sido submetidos a intervenções cirúrgicas para recebimento dos órgãos. “Eu e meu marido pedimos para conhecer as pessoas que foram salvas graças à doação dos órgãos do meu filho. Sei que vai ser um momento delicado, mas a emoção que pretendemos ter será apenas a de alegria. Não queremos mais tristezas. De uma tragédia, pelo menos, pode-se tirar algo de bom, dando uma nova oportunidade para essas pessoas”, disse a mãe de Israel, que tenta seguir a rotina do dia-a-dia, cuidando da família e tendo só boas lembranças do filho. O segundo rim de Israel foi transplantado em Maria Miguel dos Santos, 49, de União dos Palmares, que foi operada no Hospital do Açúcar. A única córnea do estudante que pôde ser usada para transplante foi doada a Stephany Nascimento, 2 anos, que já recebeu alta do Hospital Universitário, onde foi operada. “Doar os órgãos era uma vontade do meu filho, que amava a vida e a poesia, e que foi respeitada por nós. Este ato não vai causar dor alguma. Pelo contrário, ele só conforta ao sabermos que estamos salvando vidas”, acrescentou Simone, lembrando que toda a família é doadora de órgãos. Todos os transplantados, mesmo com uma perfeita adaptação ao novo órgão, ficam condicionados ao uso de medicamentos contra a rejeição pelo resto da vida. A medicação deve ser fornecida gratuitamente pelo SUS. (DJ)

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