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Nº 5822
Cidades

Vida na beira do abismo

Enquanto identifica o perigo absoluto, em que as pessoas devem ser removidas antes que a chuva chegue e não devem voltar para o mesmo local, a Defesa Civil vai levantando também os riscos potenciais, para ações posteriores. Situações como a de Maria José

Por | Edição do dia 20/01/2005 - Matéria atualizada em 20/01/2005 às 00h00

Enquanto identifica o perigo absoluto, em que as pessoas devem ser removidas antes que a chuva chegue e não devem voltar para o mesmo local, a Defesa Civil vai levantando também os riscos potenciais, para ações posteriores. Situações como a de Maria José dos Santos, que mora na rua principal, na base da Grota do Rafael, mas quase foi soterrada por uma barreira que desabou sobre sua casa no inverno passado. O banheiro e a cozinha foram derrubados. “Se alguém estivesse lá, teria morrido”, lembra ela. O risco está também nas ruas, fora das casas, em forma de imensas línguas de esgotos que mais parecem riachos. “Esses esgotos que correm livres pelo meio da rua, misturando água, dejetos e lixo, são um perigo constante para a saúde, que se agrava quando chove. Toda essa sujeira invade as casas, levando todo tipo de doença”, diz o líder comunitário José Roberto Ramos. Ele lembra à equipe da Prefeitura que há dados indicativos de que o gasto com medicamentos para tratar doenças causadas pelo contato com o esgoto é maior do que se gastaria para implantar o sistema de drenagem no local. A situação de perigo é absoluta e se agrava com o passar do tempo, faça sol ou chuva. A porta da casa de Tésia segue o molde das de muitos vizinhos: fica a um passo do despenhadeiro, que ela desce várias vezes, com os filhos no colo. É preciso equilíbrio para que ninguém escorregue e role ladeira abaixo. “Com o pouco que meu marido ganha trabalhando no Lixão, não dá para consertar as rachaduras do barraco, muito menos para pensar em mudar para um lugar mais seguro”, lamenta Tésia.(FA)

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