Consumo
PREÇO DA CARNE RECUA, MAS CONSUMO EM AL AINDA NÃO AUMENTOU
Por ora, o preço tem atraído os clientes, principalmente nos finais de semana, quando os alagoanos aproveitam para garantir o churrasco


O preço do quilo da carne bovina teve redução de 1,22%, no mês de fevereiro e foi a maior queda dos últimos 15 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Alagoas, a procura pelo item teve um leve aumento, mas muitas pessoas ainda não estão satisfeitas com a redução. Ainda não é possível saber se a redução é temporária ou vai se estabilizar ao longo dos próximos meses, tudo depende, também, da elevação do combustível, que pode impactar diretamente no preço da carne e de outros produtos. Por ora, o preço tem atraído os clientes, principalmente nos finais de semana, quando os alagoanos aproveitam para garantir o churrasco da família. “No final de semana, a procura maior foi pela picanha, temos muitas ofertas de sexta a segunda, o que aumenta a procura dos clientes pela carne bovina”, afirma Felipe Rocha, gerente de um supermercado localizado no bairro do Farol. Nesse mesmo local, o preço da picanha que custava R$ 90, agora, custa R$ 79,90. O mesmo ocorreu com o contra filé, que custava R$ 62 e nessa segunda-feira estava por R$ 44,90. Segundo o IBGE, as maiores quedas ocorreram nos preços da picanha (-2,63%); alcatra (-2,50%); filé mignon (-1,77%) e costela (-2,28%). “Eu não costumo comprar muita carne vermelha, mas não vi tanta diferença assim”, afirma a dona de casa Josefa Duarte. “Ainda acho caro, mas está um pouco melhor do que antes. Se baixar mais, é melhor ainda. As famílias precisam colocar carne na mesa, é um item essencial que há algum tempo não se vê na mesa dos brasileiros, então, qualquer redução é válida”, disse o vendedor Sérgio Moura. Especialistas afirmam que a redução no preço da carne pode ter sido efeito da suspensão da exportação do produto para a China devido ao registro de um caso da vaca louca em um bovino no Pará. Com isso, as exportações ficaram comprometidas, elevando o estoque das empresas, fazendo com que a oferta no mercado nacional seja maior neste momento. Ou seja, há muito mais oferta que procura, por isso os preços estão em tendência de queda.