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Caso Tony: guardas municipais n�o reconhecem suspeitos da PM

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FELIPE FARIAS Um grupo de 64 policiais militares que estavam de serviço no Maceió Fest na noide de 21 de novembro e madrugada do dia 22 ? quando o comerciário Tony Herbert Roberto da Silva foi preso e assassinado ? foi submetido a uma sessão de reconhecimento, ontem. Os PMs foram colocados diante dos guardas civis municipais que detiveram Tony e o entregaram à PM. Nenhum deles foi reconhecido, segundo o delegado Carlos Alberto Fernandes Reis, que preside o inquérito. Também ontem, o delegado recebeu o ofício em que pedia informações que podem ajudar nas apurações. Polêmica Reis fez questão de dizer que não quer entrar em polêmicas com o comando da corporação sobre o caso. O segundo ofício encaminhado à Polícia Militar pelos responsáveis pela investigação sobre o assassinato do comerciário Tony Herbert Roberto da Silva, 24 ? encontrado morto com um tiro na cabeça e marcas de tortura após ser detido e levado por uma guarnição da PM na última noite do Maceió Fest, em 22 de novembro ? foi repassado pelo Comando Geral à Corregedoria da PM. A informação foi prestada ontem pelo subcomandante, coronel PM Kleberon de Melo Costa, substituto do comandante Edmilson Cavalcante, que se encontra viajando. Negou informação Melo Costa disse que esteve ontem com o delegado do caso, Carlos Alberto Reis. Segundo o oficial, o delegado, que apura a morte de Tony Herbert, negou as declarações que deu à GAZETA, e que foram publicadas ontem, de que a Polícia Militar está tentando atrasar a apuração do assassinato. Reis declarou, ainda, que desde o início de dezembro aguardava que a PM lhe encaminhasse os nomes dos suspeitos e que, em ofício encaminhado ao comando da corporação, informara o modelo da viatura, hora e local em que os PMs que faziam a segurança do Maceió Fest receberam o detido. Na madrugada de 22 de novembro ? última noite do Maceió Fest ?, Tony Herbert foi detido por uma guarnição da Guarda Civil que fazia a segurança da festa, acusado de tentar arrombar um veículo, nas imediações das Lojas Americanas. Ele foi entregue à PM, no início da Praia do Sobral. Tortura No dia seguinte, seu corpo foi encontrado com um tiro na cabeça e apresentando marcas de tortura, num terreno baldio por trás da Braskem, no Pontal. ?Eu estive com o delegado Reis e ele me disse que não declarou o que foi publicado?, disse o subcomandante da PM. De acordo com ele, o primeiro ofício enviado pela Polícia Civil foi integralmente respondido. ?Mas as respostas dadas não ajudaram na investigação. Por isso, foi feito o segundo ofício?, disse o oficial. Melo Costa não quis adiantar o conteúdo do documento. ?Gostaria que ele mesmo [o delegado] respondesse isso?, disse, alegando que as informações poderiam prejudicar as apurações. Ainda assim, revelou que a Polícia Civil não perguntou qual a guarnição da PM que recebeu o comerciário das mãos dos agentes municipais. ?Ele indagou somente alguns números de viaturas. O delegado deve estar pautando sua linha de investigação pelo critério da eliminação?, disse o subcomandante da PM. O assassinato também está sendo investigado internamente pela PM. Inquérito Depois da denúncia, foi aberto inquérito policial militar (IPM) que tem um major como presidente, designado a partir de rodízio de distribuição de processos, a exemplo do que ocorre na Justiça comum. Os responsáveis pela investigação têm prazo de trinta dias, a contar da instauração, para concluir o IPM. Esse prazo começou a contar poucos dias após 22 de novembro, quando o corpo do comerciário foi encontrado.

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