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Nº 5854
Cidades

VERA ARRUDA: VEREADOR PROPÕE PASSAGEM SUBTERRÂNEA E VIADUTO

Chico Filho, que apoiava abertura de vias, agora defende preservação do corredor e novas alternativas

Por Da Redação | Edição do dia 21/03/2023 - Matéria atualizada em 20/03/2023 às 21h34

A polêmica abertura de vias do Corredor Vera Arruda, na Jatiúca, ganhou novos capítulos no último fim de semana, com realização de protestos contra a medida e mudança de atitude entre alguns dos que se mostram a favor. O vereador Chico Filho (MDB), que na sexta-feira (17) demonstrava apoiar a possibilidade de ‘cortar’ o passeio público, sob a sugestão da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), por meio de consulta pública, agora já defende a preservação do corredor e sugere novos meios para melhorar fluidez do trânsito na região. 

Nas redes sociais, no último domingo (19), através do Instagram, o parlamentar disse ser favorável a novas alternativas que não afetem o Vera Arruda, utilizado por famílias como área de lazer. A sugestão dele é a execução de obras de engenharia por parte da prefeitura para preservar o local, como passagem subterrânea ou passagem de nível (viaduto) para o tráfego dos veículos.

“Não sou especialista no assunto, mas um apaixonado pelo planejamento urbano e acredito que qualquer obra que a prefeitura queira fazer aqui no Stella Maris, deve preservar o passeio público do corredor Vera Arruda. Temos a possibilidade de obras de engenharia que possam ser executadas em que o carro possa passar por baixo e uma passarela possa passar por cima sem prejuízo do pedestre. Lógico que tem outras coisas que precisam ser observadas: largura de rua, mão única no sentido ou no outro, áreas de estacionamento. Enfim, é importante a participação popular, é importante que você venha pro debate, dê a sua opinião e que a gente possa construir a melhor alternativa para o problema”, disse em vídeo em sua rede pessoal. 

Vale lembrar que tal medida, pela dimensão da obra, precisaria de altos investimentos financeiros pela Prefeitura de Maceió. A abertura de ruas do Vera Arruda, sem dúvidas, seria uma ação mais rápida, com menos custo, mas que para alguns especialistas em trânsito não teria grandes efeitos para a fluidez e diminuição dos congestionamentos na capital alagoana. 

Em entrevista na semana passada à rádio Gazeta 98,3 FM, o vereador Chico Filho (MDB) tinha um discurso diferente. Era um dos porta-vozes dos que preferem ver o Corredor Vera Arruda aberto para carros. Ele defendeu que é preciso mudar alguma coisa para dar mais agilidade no trânsito da região. Morador da localidade, ele mesmo diz que se atrasa constantemente para compromissos por causa do trânsito no local.

Diante da polêmica, o vereador disse ser a favor da conversa. “É importante que a gente faça o debate. Na realidade, não há nada pré-definido. A prefeitura abre a consulta pública para ouvir a população e construir em conjunto um projeto que atenda a necessidade da mobilidade urbana, sem que prejudique o passeio público”, afirmou Chico Filho. 

ATO PÚBLICO 

Contrários ao propósito da SMTT, moradores da região do Vera Arruda estiveram reunidos para um ato público. A iniciativa veio após a consulta pública que gerou insatisfação daqueles que residem nas proximidades do espaço.

De acordo com a Associação dos Moradores do Loteamento Stella Maris (Astema), o protesto pacífico contou com faixas, cartazes. Vestidos de branco e com balões, os moradores se reuniram no local. Tecidos brancos foram pendurados nas janelas dos prédios que margeiam o corredor.

Desde que abriu a consulta pública, o assunto vem gerando debates. De um lado há os que vivem nas proximidades e usufruem do Corredor. Do outro, os que veem o trânsito piorar cada vez mais e acreditam que abrir ruas para os carros é a solução.

A arquiteta e urbanista, Regina Dulce Lins, participou do ato e defendeu que o corredor seja mantido como está, afirmando que a solução do problema para fluidez do trânsito não será a abertura das vias.

“A solução do engarrafamento precisa ser construída para a cidade como um todo. Temos que discutir isso no outro fórum, que discuta como a cidade cresce e como vai crescer no futuro, só assim vamos proteger o patrimônio ambiental e cultural”, argumentou.

 

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