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EXAME POR TOMOGRAFIA É FEITO DE FORMA PIONEIRA NO METROPOLITANO

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O Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), é pioneiro, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na realização do Exame de Perfusão Cerebral por tomografia computadorizada, destinado ao tratamento de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). Isso representa que os pacientes acometidos por derrame, como a doença é popularmente conhecida, passam a ser tratados com mais eficiência, uma vez que o tempo da janela para tratamento passa de 4h30 para até 12h.

Nas redes pública e privada da região Nordeste, apenas o HMA, em Alagoas, e o Hospital Geral de Fortaleza, no Ceará, realizam a perfusão cerebral. O acesso ao exame é feito por meio das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que, ao identificar o AVC, aciona o Programa AVC Dá Sinais, realizando o cadastramento do paciente através do aplicativo Join.

Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, a perfusão por tomografia no tratamento de pacientes com AVC representa uma importante conquista para a saúde pública de Alagoas. “Por meio desse exame, aumentam as chances de salvar os pacientes que passaram da janela de 4h30 minutos após o início dos sintomas. Além de salvar mais pessoas acometidas pelo AVC, também evitaremos sequelas, algumas delas irreversíveis”, salientou o gestor da saúde estadual.

TECNOLOGIA DE PONTA

O HMA recebeu um software de inteligência artificial, chamado Brainomix, que faz a leitura automática da perfusão cerebral e, com isso, passou a realizar o exame. Ele demonstra para os médicos neurologistas e radiologistas a área do cérebro que está sofrendo por falta de sangue, devido ao AVC, e que poderá ser “salva” com o uso do trombolítico.

Conforme o diretor da unidade hospitalar, médico Ajax Caldas, a perfusão cerebral por tomografia é um exame de grande magnitude, que torna o HMA referência no SUS em mais um serviço. “Temos uma equipe qualificada à frente do Centro de Diagnóstico de Imagens, que nos incentiva a fazer muito mais pelos nossos pacientes. Essa possibilidade de aumento da janela de espera é um ganho imensurável para os nossos pacientes acometidos pelo AVC”, frisou o diretor.

“Atualmente, apenas pacientes com janela de 4h30 do início dos sintomas podem receber tratamento com trombolítico Alteplase. Através do estudo Resilient Extend EV., os pacientes com janela de até 12h poderão receber o tratamento com um outro trombolítico Tenecteplase, desde que o estudo de perfusão cerebral por tomografia demonstre que há área no cérebro passível de ser salva. O estudo de perfusão cerebral por tomografia está disponível em poucos centros hospitalares no Brasil”, destaca médico André Vitorino, Segundo o coordenador do Centro de Diagnóstico de Imagens do Hospital Metropolitano de Alagoas.

Para o técnico em radiologia Weverton Vicente da Silva, a importância dessa conquista são os resultados positivos que proporciona ao paciente. “Até o momento, já realizamos três exames aqui no HMA e estou muito feliz por ter sido o pioneiro e também por servir como propagador do estudo para nossa equipe, aperfeiçoando um a um para que possamos disseminá-lo e trazer uma qualidade maior para o paciente dentro do protocolo do AVC”, salientou.

A neurologista Rebeca Teixeira, coordenadora da Unidade de AVC do HMA, reforça a importância de Alagoas ser pioneiro e se empenhar nos estudos para que o Programa AVC Dá Sinais continue como referência no País.

“O exame de perfusão cerebral é de alta complexidade e alto custo e fora do ambiente de pesquisa científica, neste momento, não é possível realizar pelo SUS. Existe toda uma magnitude de profissionais envolvidos para que esse exame aconteça, com uma equipe qualificada de neurologista, de médicos radiologistas e técnicos. Alagoas mais uma vez rompe barreiras e trata a saúde pública com humanização, trazendo inovação para a medicina, através do HMA”, ressaltou.

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