app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5822
Cidades

UE investiga transfer�ncia irregular de pacientes

FELIPE FARIAS A direção da Unidade de Emergência Armando Lages vai investigar denúncia de que está recebendo transferências irregulares de pacientes de outros hospitais. Se ficar confirmado que as remoções feriram preceitos éticos ou a legislação, os cas

Por | Edição do dia 22/01/2005 - Matéria atualizada em 22/01/2005 às 00h00

FELIPE FARIAS A direção da Unidade de Emergência Armando Lages vai investigar denúncia de que está recebendo transferências irregulares de pacientes de outros hospitais. Se ficar confirmado que as remoções feriram preceitos éticos ou a legislação, os casos serão comunicados ao Conselho Regional de Medicina (CRM) de Alagoas e ao Ministério Público Estadual (MPE). As denúncias são um dos resultados da entrada em operação do setor de Triagem da Unidade de Emergência, que começou a funcionar na última quinta-feira e tem por objetivo reduzir a superlotação da UE, redirecionando para outras unidades de saúde pacientes cujo quadro não é classificado como de urgência ou emergência. Segundo o diretor-geral da UE, Marcus Sampaio, somente no primeiro dia de operação, a triagem fez com que o total de atendimentos caísse de 437 – média diária da UE – para 339. A orientação é para que os  pacientes com crises de hipertensão e diabetes, febres, dores  de abdômen e pequenos procedimentos, como suturas de  poucos pontos, por exemplo,  procurem as unidades de bairro  ou o ambulatório 24 horas  aberto no 1º Centro de Saúde, na Praça das Graças, na Levada. Outro objetivo da triagem é apontar os casos em que os pacientes são transferidos para a UE de modo irregular, também por outras unidades de saúde. “Em média, registramos por ano cem casos de óbito por câncer na Unidade de Emergência, ou seja, um a cada três dias”, ilustra o diretor. Segundo ele, são pacientes que fizeram todo o tratamento de radioterapia ou quimioterapia em outros hospitais, mas, chegando ao estado terminal, acabam transferidos para a UE. Esses pacientes, porém, também não se enquadram no perfil de atendimentos para o qual é destinada a UE, que é voltada apenas para grandes traumas, como vítimas de acidentes, ferimentos à bala ou quadros clínicos de urgência, como derrame.

Mais matérias
desta edição