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Nº 5822
Cidades

V�tima estava marcada para morrer

Um frentista do Posto Bandeirantes e um segurança, testemunhas do assassinato de Marcos Roberto, foram notificados para prestar depoimento no inquérito. Eles serão ouvidos no decorrer da semana pelo escrivão Amaro Lira dos Santos, que também convocou pare

Por | Edição do dia 25/01/2005 - Matéria atualizada em 25/01/2005 às 00h00

Um frentista do Posto Bandeirantes e um segurança, testemunhas do assassinato de Marcos Roberto, foram notificados para prestar depoimento no inquérito. Eles serão ouvidos no decorrer da semana pelo escrivão Amaro Lira dos Santos, que também convocou parentes da vítima. Marcos Roberto Moreira de Lima era casado e tinha dois filhos menores. Um irmão, que pediu para não ser identificado, declarou à polícia que Marcos “Lapiau” estava jurado de morte. Revelou que ele escapou de muitos atentados, um deles em Bebedouro, próximo à “boca” que freqüentava. “Ele escapou porque entrou na casa de um amigo que fechou a porta. Senão, tinha sido assassinado muito antes”, declarou o irmão, no 10º Distrito, onde o episódio está sendo investigado. Acostumado a participar de “serviços” com policiais e delegados e a dar informações para delegacias especializadas como Repressão às Drogas e Roubos e Furtos, Marcos “Lapiau” declarava para os amigos que tinha uma lista de inimigos. Pessoas influentes, gente poderosa, que tinha interesse em vê-lo morto. Todas as intrigas que ele contraía eram relacionadas numa espécie de agenda que ele dizia estar bem guardada em mãos seguras. Policiais que conheciam a vítima afirmaram no domingo, em seu velório no Parque das Flores, que “a polícia pode se deparar com mais um crime de difícil esclarecimento, pois se trata de queima de arquivo, como outros casos envolvendo policiais e ‘chumbetas’ assassinados, quando os policiais investigam e não chegam a nada de concreto”. “Todo mundo sabe que ele era um arquivo vivo de problemas envolvendo quadrilhas de policiais da chamada banda podre da Polícia Civil. Ele sabia demais”, comentou um policial, sem querer se identificar. Os comentários da existência de uma relação entre o assassinato de Marcos Roberto e de Tiago Novaes surgiram com insistência durante o velório do informante da Polícia Civil. Os parentes e amigos de Marcos “Lapiau” garantem que não foi sua participação em investigações policiais ou sua condição de informante da polícia que o levou à morte. “Foi o problema com um traficante de Bebedouro, que já provocou três mortes de pessoas envolvidas com drogas”, disse um amigo. Uma dívida de droga teria gerado um desentendimento no grupo, que tem a participação de pessoas conhecidas, inclusive nos meios políticos e empresariais. Cansados do clima de violência no local, moradores da Rua do Calmon, em Bebedouro, admitem denunciar tudo que sabem. (EF)

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