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Nº 5822
Cidades

Alagoanos ficam confinados em Fortaleza

Um grupo de alagoanos está retido em Fortaleza (CE) desde o último sábado. Por causa da mudança nos vôos da Vasp, o grupo diz estar praticamente confinado num hotel a cerca de 18km do centro da capital cearense, para onde uma viagem de táxi custa R$ 100,0

Por | Edição do dia 25/01/2005 - Matéria atualizada em 25/01/2005 às 00h00

Um grupo de alagoanos está retido em Fortaleza (CE) desde o último sábado. Por causa da mudança nos vôos da Vasp, o grupo diz estar praticamente confinado num hotel a cerca de 18km do centro da capital cearense, para onde uma viagem de táxi custa R$ 100,00. “Até agora não conseguimos nem fazer um boletim de ocorrência e nem sabemos quando vamos finalmente conseguir chegar a Maceió”, denunciou a professora Ana Lúcia Santos de Almeida, uma das integrantes do grupo. O drama dos alagoanos começou no aeroporto do Rio de Janeiro na sexta-feira, 21, onde chegaram no início da manhã, para viajar de volta a Alagoas. “Tínhamos conexão em Salvador, mas já no aeroporto um funcionário, que nos atendeu muito mal, disse apenas que a conexão tinha mudado para Fortaleza”, acrescenta ela. Após embarcar, o grupo fez escala em Belo Horizonte antes de chegar a Salvador, onde foi orientado a descer e trocar de avião. Às 13h, segundo Ana Lúcia, chegaram ao Recife, onde passaram três horas no aeroporto em busca de uma informação. “Estávamos tão perto de Maceió, mas em vez de voltar, fomos para mais longe”, reclama Ana Lúcia, que diz ter chegado à capital cearense às 21h daquele dia e sem a bagagem, que ficou no Recife. “Passamos o outro dia todo com a roupa do corpo. Tivemos de dormir enroladas numa toalha”, acrescenta. Desrespeito Para o engenheiro Adalberto Cantalino, que esperava viajar para Salvador, a falta de um órgão fiscalizador deixa as pessoas que compraram passagens “à mercê de situações desrespeitosas como essas”. Ele reconheceu, porém, o atendimento dos funcionários que estavam no balcão da companhia no saguão de embarque do aeroporto de Maceió. “Eles disseram que estão atendendo aqui por uma questão de respeito pelos passageiros, porque eles também acabaram sendo prejudicados pelos problemas da empresa. Mas, pelo visto, já devem ter ouvido um bocado de desaforos”, disse a professora Maria Creuza Damasceno, esposa de Adalberto. Por volta de 16h30, o vôo vôo 4265, procedente do Recife, com destino a Salvador e São Paulo, no qual o casal viajaria, aterrissou em Maceió. Mas, segundo o passageiro, os transtornos de outros poderiam não terminar, porque a aeronave não seguiu até Fortaleza, como previsto, para apanhar passageiros de outros vôos cancelados. O casal de turistas baianos conseguiu, enfim, deixar Maceió. No mesmo vôo vieram Roseane de Cerqueira e a filha de dois anos e cinco meses. Ela estava em São Paulo e deveria ter retornado a Alagoas no sábado passado. Bastante emocionados, Roseane e os familiares se abraçaram e não contiveram as lágrimas no portão de desembarque. “Saí de São Paulo hoje, às 5h, e estou chegando agora [16h30]”, disse, mostrando o relógio e sem esconder o alívio. “A gente mora num sítio, em Anadia. Chegamos aqui às 9h e fomos obrigados a esperar até agora”, reclamou Cícero Valentin, parente de Roseane, acrescentando que o transtorno pela demora era ainda maior para a criança. (FF)

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