AL TEM MENOR PERCENTUAL DO NE EM CASOS CONFIRMADOS DE ZIKA VÍRUS
Segundo Ministério da Saúde, de 2015 a 2022, estado teve 52 casos, o que representa 2,9% de toda a região
Por ANNA CLÁUDIA ALMEIDA | Edição do dia 06/04/2023 - Matéria atualizada em 06/04/2023 às 09h37
Alagoas é o estado do Nordeste que apresenta o menor percentual de casos confirmados de Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ). Os dados do Ministério da Saúde apontam que o estado apresenta 54 caso da doença, o que representa um percentual de 2,9% do total em toda a região entre os anos de 2015 e 2022. São 900 notificações e 194 casos em investigação.
Pernambuco é o estado da região que aparece no topo da lista. São 3.260 casos notificados, sendo 43 em investigação e 375 confirmados. Já a Bahia está em segundo, com 3.064 notificações, sendo 606 e 336 casos em investigação e confirmados, respectivamente. O terceiro estado que segue ao topo da lista, é a Paraíba. O número de casos confirmados é 175, sendo que há ainda 188 em investigação, dos 1.230 notificados.
O Nordeste é a região que apresentou a maior concentração de casos nesse período. São 11.369 notificações, sendo 1.306 casos em investigação e 1.413 confirmados. Já a região Sul segue como a que apresentou menor números, apenas 12 casos confirmados. Foram ainda um total de 914 notificações e 140 em investigação.
Neste período no Brasil, foram notificados ao Ministério da Saúde 21.196 casos suspeitos de SCZ, dos quais 3.732 (17,6%) foram confirmados para alguma infecção congênita. Do total de casos confirmados, 1.857 (49,8%) foram classificados como casos de SCZ. Entre os 736 casos suspeitos notificados em 2022, a maioria foram recém-nascidos, 583 no total, sendo quatro casos confirmados para SCZ (dois nascidos vivos em 2022, um nascido vivo em 2015 e um em 2016); 66% dos casos notificados em 2022 ainda estão em investigação.
O vírus Zika é um arbovírus que pode ser transmitido ao ser humano por meio da picada da fêmea de mosquitos do Aedes aegypti. A infecção pode causar uma doença febril, em que exantemas e dores articulares são sinais e sintomas bastante comuns, muito embora evidências apontem que aproximadamente 80% dos indivíduos infectados sejam assintomáticos.
Quando essa infecção ocorre durante o período gestacional, é preconizado que a investigação dos casos suspeitos ocorra preferencialmente por critérios laboratoriais específicos. Além disso, em situações de cocirculação dos vírus da dengue e da Zika em um território, faz-se necessária a investigação por métodos diretos para detecção desses vírus.
No segundo semestre do ano de 2015, o Brasil apresentou um aumento expressivo no número de recém-nascidos diagnosticados com microcefalia em locais onde ocorria a circulação do vírus. Na época, o Brasil declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
Em fevereiro de 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional. Essa nova doença congênita, resultante da infecção pelo ZIKV no período gestacional, passou a ser denominada de Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ). A SCZ é caracterizada por um conjunto de anomalias congênitas, estruturais e funcionais, com repercussões no crescimento e no desenvolvimento dos embriões ou dos fetos expostos ao vírus durante a gestação.