Medida acaba com lacre nos medicamentos
Um dos primeiros aspectos destacados por Cláudio Almeida, presidente do sindicato que representa as farmácias de Alagoas, é de que cada unidade deverá trazer informações sobre o lote e o prazo de validade dos medicamentos. Segundo ele, da forma como é p
Por | Edição do dia 27/01/2005 - Matéria atualizada em 27/01/2005 às 00h00
Um dos primeiros aspectos destacados por Cláudio Almeida, presidente do sindicato que representa as farmácias de Alagoas, é de que cada unidade deverá trazer informações sobre o lote e o prazo de validade dos medicamentos. Segundo ele, da forma como é praticada a venda de medicamentos, alguns itens da embalagem trazem essa informação, mas outros, não. Como a venda poderá ser feita por unidade, em alguns casos, o presidente do Sincofarma-AL diz que cada uma deverá trazer essa informação, essencial para o usuário. Essa medida [que autoriza a venda fracionada] é um retrocesso em relação à legislação em vigor hoje, critica, citando, como exemplo, a exigência de que toda embalagem de medicamento esteja lacrada nos estabelecimentos de venda. Com a medida do governo, elas terão de ser abertas antes de o produto ser vendido para diversos consumidores. Como será garantido o bom armazenamento de certos produtos na casa dos consumidores, já que estarão abertos? Se o acondicionamento for feito de modo errado, decerto a eficácia do medicamento pode ficar comprometida, acrescenta o representante do setor em Alagoas. Almeida diz esperar que a regulamentação do decreto presidencial, etapa sem a qual não poderá entrar em vigor, seja amplamente discutida com diversas entidades, entre elas, a que representa seu segmento, a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma). O governo alega que quer garantir mais acesso aos medicamentos. Mas não é dessa forma que vai conseguir. A redução da carga tributária daria bem mais resultado, acrescentou. Outros questionamentos se referem à forma como será o fracionamento, como será garantido o acondicionamento do que não for vendido e que não seja utilizado de forma errada. (FF)