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Nº 5822
Cidades

Bumba-meu-boi agita folclore no Jaragu� Folia

FÁTIMA ALMEIDA Mais de quarenta grupos de bumba-meu-boi participam, neste fim de semana, da prévia carnavalesca de Maceió. O folguedo, expressão do folclore baseada em lendas indígenas, que já compõe um capítulo extra das festas populares do carnaval ala

Por | Edição do dia 28/01/2005 - Matéria atualizada em 28/01/2005 às 00h00

FÁTIMA ALMEIDA Mais de quarenta grupos de bumba-meu-boi participam, neste fim de semana, da prévia carnavalesca de Maceió. O folguedo, expressão do folclore baseada em lendas indígenas, que já compõe um capítulo extra das festas populares do carnaval alagoano, leva para a avenida uma espécie de teatro vivo, que encena uma peleja de morte entre o vaqueiro e o boi, animada pela batida de zabumbas e personagens coadjuvantes como a La Ursa (bicho peludo e mascarado, que gosta de correr atrás das crianças), a burrinha, o morto-vivo e o jaraguá (figura de pescoço comprido com cabeça assemelhada à do jacaré). De acordo com o presidente da Liga dos Grupos de Bumba-Meu-Boi, José Carlos Santos, essa manifestação folclórica existe desde a época do Brasil Colônia, com a lenda de um boi ressuscitado pelo vaqueiro, após ter sido morto para satisfazer aos caprichos de uma cabocla índia, e não se sabe a época em que ela começou a ser incorporada ao carnaval de rua alagoano. Mas desde 1993, os bois-bumbá passaram a ter participação mais efetiva no reinado de Momo, com a realização de concursos, uma iniciativa que os grupos creditam ao radialista Luiz de Barros. O número de participantes este ano é menor do que o do ano passado, segundo a Secretaria Municipal de Turismo. Dos 55 grupos filiados à Liga (32 mirins e 25 adultos), 14 ficaram de fora. Isso se deve, na opinião de José Carlos, ao pouco tempo para se organizar. “O carnaval ficou muito em cima das festas de fim de ano”, explicou. Vaca pintada Há pelo menos cinco anos a figura feminina começou a integrar também o universo folclórico do bumba-meu-boi. Primeiro com o grupo Vaca Mimosa, já extinto, depois com a Vaca Pintada, que concorre em igualdade com os bois veteranos, no concurso patrocinado pela Prefeitura de Maceió. Segundo o coordenador do grupo, José Félix, os únicos homens entre os 12 participantes são o mestre de bateria e ele próprio, que veste a indumentária do boi-bumbá. “É o nosso terceiro ano na estrada e nunca fizemos feio. No ano passado, ficamos em quarto lugar”, diz Félix, que também faz parte da Liga. Na sua opinião, um grupo feminino ajuda a quebrar o estigma de que os grupos de bumba-meu-boi são formados por “maloqueiros e desocupados”. O grupo é constituído por nove meninas na bateria, um mestre, o condutor e uma vaqueira. Durante o ano, eles fazem apresentações nas escolas e em eventos, mas é no carnaval que ganham a estrada, competindo para valer. De acordo com José Carlos Santos, os concursos ajudam a manter a tradição e a estimular a existência dos grupos e o surgimento de outros. A programação do concurso de bumba-meu-boi começa às 16 horas deste sábado, na Praça Multieventos (Pajuçara), com o concurso de boi-mirim. No domingo, também a partir das 16h, se apresentam os grupos adultos. A premiação, segundo a Secretaria de Turismo, varia entre R$ 400,00 (melhor bateria) e R$ 1.500,00 (categoria adulta). Além da premiação do conjunto, com 1o , 2o e 3o nas categorias mirim e adulto, são  premiados também o melhor  vaqueiro e a melhor bateria.

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