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Nº 5824
Cidades

M�dico � atacado e desfigurado a golpes de bisturi pela esposa

FELIPE FARIAS O médico Carlos Eugênio Rocha, ex-diretor da Unidade de Emergência (UE) Armando Lages, foi atacado a golpes de bisturi no rosto, no pescoço e nos punhos, na manhã da última terça-feira, em sua residência, na Ponta Verde. O médico pode ter

Por | Edição do dia 28/01/2005 - Matéria atualizada em 28/01/2005 às 00h00

FELIPE FARIAS O médico Carlos Eugênio Rocha, ex-diretor da Unidade de Emergência (UE) Armando Lages, foi atacado a golpes de bisturi no rosto, no pescoço e nos punhos, na manhã da última terça-feira, em sua residência, na Ponta Verde. O médico pode ter recebido de vinte a trinta pontos e há risco de seqüelas, com o comprometimento dos movimentos de uma das mãos. A autora do ataque foi sua própria esposa, a enfermeira Maria Mônica Moreira; segundo a GAZETA apurou, movida por um surto psicótico. Cogita-se que o médico tenha sido sedado antes do ataque, porque não é comum que alguém receba um golpe no pescoço, como ocorreu, sem reagir. O caso foi mantido sob sigilo, a pedido da própria família, que não quis se pronunciar e nem prestou queixa à polícia. Ataque O ataque aconteceu por volta das 6h30. Foi o próprio Carlos Eugênio Rocha que pediu socorro ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), onde trabalha. Como é de praxe em ocorrências dessa natureza, a equipe de resgate foi acompanhada da polícia. Mas, a pedido da própria vítima, os policiais se mantiveram afastados e nem chegaram a entrar na residência do médico. Já então, ele informou que o caso não seria denunciado oficialmente às autoridades policiais. Ao ser abordado, o próprio médico havia iniciado alguns procedimentos de emergência, como uma compressão para reduzir a hemorragia, pois todas as áreas atingidas são muito irrigadas (possuem grandes vasos sanguíneos). Ele foi levado para o Hospital da Unimed, onde chegou por volta das 7h30, indo diretamente para o centro cirúrgico. Carlos Eugênio foi submetido a uma cirurgia porque, além dos cortes, sofreu lesões graves em outras estruturas. Uma das áreas mais sensíveis atingidas foi um dos punhos, definido por especialista ouvido pela GAZETA como “estrutura nobre das mãos”. O ataque lesionou tecidos, vasos, tendões, nervos e músculos; o que, segundo o especialista, pode resultar em seqüelas – mais precisamente comprometimento dos movimentos da mão. Necessariamente, ele terá de se submeter à fisioterapia, após superar a fase mais grave de recuperação. A cirurgia demorou cerca de quatro horas. Carlos Eugênio teve alta ainda na quarta-feira, mas, a pedido próprio, permaneceu internado até ontem pela manhã, quando deixou o hospital. O ataque ao ex-diretor da Unidade de Emergência de Maceió pela própria esposa foi mantido sob rigoroso sigilo. Não houve queixa à polícia e, a pedido da família, nenhum conhecido de Carlos Eugênio ou da esposa se pronunciou sobre o caso. Como uma ocorrência dessa natureza é considerada legalmente uma ação de direito privado, só pode haver investigação se houver queixa. Segundo a GAZETA apurou, a opção pelo sigilo foi justificada como tentativa de preservar a família.

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