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Nº 5822
Cidades

AL est� na rota do abuso sexual contra crian�as

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Por | Edição do dia 30/01/2005 - Matéria atualizada em 30/01/2005 às 00h00

FELIPE FARIAS Alagoas tem uma face pouco conhecida, que é a exploração sexual de crianças e adolescentes. E o que é pior, o Estado é reincidente nesse tipo de crime contra a infância. Em 1999, Alagoas ganhou as páginas dos jornais de todo o país, com o caso  de abuso de meninas em Porto  Calvo, no Litoral Norte do Estado (leia matéria abaixo), quando pessoas influentes no município foram denunciadas por praticar orgias com menores da cidade. Hoje, o Estado tem 19 municípios citados em relatório sobre exploração sexual de crianças e adolescentes, elaborado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República, Fundo das Nações Unidas para Infância e Juventude (Unicef) e Universidade de Brasília. O levantamento inédito aponta que do total de 5.551 municípios brasileiros, 937 têm o problema, o que corresponde a 16,88%. As cidades alagoanas que constam do relatório são: Arapiraca, Chã Preta, Coruripe, Delmiro Gouveia, Jundiá, Limoeiro de Anadia, Maceió, Maragogi, Murici, Novo Lino, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Penedo, Piranhas, Porto Calvo, Porto Real do Colégio, São Miguel dos Campos, São Sebastião e União dos Palmares. O levantamento foi elaborado a partir de quatro fontes de informações, segundo o documento da SEDH: dados do disque-denúncia; relatos da CPI do Congresso que investigou a exploração sexual de crianças no Brasil; pesquisas realizadas sobre o problema e mapeamentos sociais e políticos feitos em todos os municípios brasileiros. O Estado com mais cidades em que se pratica abuso sexual infanto-juvenil para fins comerciais é São Paulo, onde foram detectados 93 municípios; seguido de Minas Gerais, com 92, e Pernambuco, com 70. Os estados apontados pelo relatório como os que têm menos cidades em que se detectou o problema são Amapá e Sergipe. Alagoas aparece em 18º lugar, ao lado do Amazonas e Tocantins.

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