Cidades
APENAS 15% DAS RESIDÊNCIAS DE AL CONTAM COM PROTEÇÃO DE SEGURO
Procura aumenta sempre que algum caso de incêndio, por exemplo, ganha repercussão no estado

Pagar por um seguro é investir na garantia de tranquilidade em um momento de dificuldade. Quando falamos no assunto, o primeiro bem que vem à mente do consumidor é o seguro automotivo, e muitas pessoas acabam esquecendo do próprio imóvel, item que, em regra, custa bem mais caro que um carro e cujo valor da proteção é bem mais barato. Trata-se do seguro residencial, que, de maneira geral no país, ainda é pouco procurado, mesmo diante dos benefícios que ele proporciona.
Em Alagoas e no Nordeste como um todo, uma média de apenas 15% das residências contam atualmente com esse tipo de proteção. Esse percentual é o dobro, ou seja, chega a cerca de 30%, quando falamos de seguro automotivo.
Uma coisa é certa e os corretores profissionais asseguram: a procura pelo seguro residencial sempre aumenta quando algum fato, envolvendo destruição, roubo ou furto de algum imóvel vem à tona e ganha repercussão, como o caso recente do apartamento situado no bairro do Benedito Bentes que foi consumido pelo fogo durante um incêndio, levando a óbito quatro pessoas da mesma família.
Para se ter uma ideia, somente este ano, o Corpo de Bombeiros de Alagoas registrou, um total de 142 incêndios em imóveis até a primeira semana de maio. Em 2022, foram 413 ocorrências do tipo, ou seja, mais de um caso por dia.
A baixa procura e contratação do seguro residencial é, no país, uma questão cultural. As pessoas não estão acostumadas a pagar por esse tipo de proteção e essa é uma realidade que os corretores de seguro vêm tentando mudar, informando sobre a possibilidade e os benefícios sempre que alguém vai contratar um seguro automotivo.
“A procura é tímida, mas quando ocorre algum tipo de incidente na cidade, as pessoas pesquisam para saber os valores. Na realidade, o brasileiro não tem a cultura do seguro e só faz algo depois que se torna vítima. E é isso que tentamos mudar. Esse tem sido um trabalho dos corretores de seguros no Brasil todo. Tentamos agregar o seguro auto ao residencial, uma forma de conscientizar que nosso patrimônio não pode ficar desprotegido. Então, quando você conversa com um cliente com idade acima de 35 anos, geralmente ele tem essa percepção que precisa garantir seu patrimônio, mas isso é um trabalho de formiguinha dos corretores de seguros em conscientizar a sociedade”, destaca o corretor Djaildo Almeida.
CORRETORES DIFUNDEM BENEFÍCIOS
O seguro residencial protege contra incêndio, raio e explosão. O preço para contratação varia, mas é considerado bastante acessível, quando comparado a outros tipos de seguro. O valor do imóvel é sempre levado em consideração para a garantia da cobertura básica.
“Há também a cobertura acessória, como vidros, responsabilidade civil familiar, subtração de celular e bike, por exemplo, e também assistência residencial. Tomando como base um apartamento no valor de 200 mil reais, mais assistência residencial, o seguro fica por uma média de 350 reais por ano, valor que pode ser dividido em até dez parcelas, resultando em uma prestação que cabe no bolso e ainda garante o patrimônio do cliente”, expõe Djaildo.
Entre os benefícios do seguro residencial, estão, inclusive, serviços como reparos elétricos e hidráulicos, em máquina de lavar, entre outros. Também são ofertadas mais de 20 coberturas que protegem o imóvel, como nos casos de incêndio. Há também indenização para acidente por fogo ou fumaça na casa ou na residência vizinha, e também por danos elétricos.
Djaildo Almeida explica ainda que o seguro residencial garante reposição de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos queimados por queda de raio ou de energia, roubo ou furto, além de cobertura para os itens que sejam levados ou danificados na residência. A proteção também se estende a vidros e espelhos, como box, varanda, janelas, e cooktop.