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Nº 5824
Cidades

DRT divulga normas para usinas transportarem trabalhadores

CARLA SERQUEIRA Após a morte de 11 trabalhadores rurais em acidentes, no final do ano passado, em decorrência da falta de fiscalização em ônibus que fazem o transporte dos bóias-frias para as usinas de cana-de-açúcar, a Delegacia Regional do Trabalho (DR

Por | Edição do dia 01/02/2005 - Matéria atualizada em 01/02/2005 às 00h00

CARLA SERQUEIRA Após a morte de 11 trabalhadores rurais em acidentes, no final do ano passado, em decorrência da falta de fiscalização em ônibus que fazem o transporte dos bóias-frias para as usinas de cana-de-açúcar, a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) em Alagoas encaminhou à Federação de Agricultura e Pecuária no Estado (Faeal) – que representa os plantadores de cana – a circular 002/2005, determinando as normas a serem adotadas pelas empresas do setor, na safra 2005/2006. No dia 10 de novembro, um ônibus com 70 trabalhadores da Usina Cachoeira do Meirim caiu num açude de vinhaça, de propriedade da Usina Santa Clotilde, no Benedito Bentes, causando a morte de sete pessoas e ferindo 38. A causa do acidente foi a má conservação do veículo, que teve um pneu estourado ao tentar fazer a curva. Exatamente uma semana após, em 16 de novembro, outro acidente aconteceu no município de Igreja Nova, a 168km de Maceió. Um ônibus fretado pela Usina Marituba capotou e caiu numa ribanceira de 20 metros de altura, com 44 trabalhadores. Quatro pessoas morreram e 40 ficaram gravemente feridas, sete delas com traumatismo craniano. Mais uma vez, o acidente ocorreu por falha no veículo – a barra de direção quebrou. O documento enviado à Faeal recomenda que haja seleção criteriosa das empresas terceirizadas para fazer o transporte dos trabalhadores, além de análise prévia de toda a frota, observando o limite de lotação e a instalação de caixas de ferramentas; revisão periódica nos veículos, fiscalização dos condutores quanto à habilitação e ao curso de direção defensiva, além do compromisso de que os motoristas não sejam submetidos a longas e ilegais jornadas de trabalho.

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