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Especialista aponta erros no projeto de transposi��o

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FELIPE FARIAS O Relatório de Impacto no Meio Ambiente (Rima) sobre a transposição do Rio São Francisco considera números errados para calcular o quanto deve ser captado do curso d?água e transferido para outros estados. Esta foi uma das denúncias feitas ontem, durante debate promovido pela OAB de Alagoas sobre o projeto, que teve como principal expositor o engenheiro hidrólogo Alex Gama, com mestrado em recursos hídricos. Segundo ele, o Rima considera que os 63 metros cúbicos por segundo captados pelo projeto no São Francisco correspondem a apenas 3,5% de sua vazão, estimada em 1.850 metros cúbicos. ?Acontece que essa é a chamada vazão regularizada, não a vazão disponível?, explicou Gama. Segundo ele, para calcular a vazão disponível, os responsáveis pelo projeto teriam que, em seu cálculo, começar subtraindo a vazão que a legislação ambiental exige que o rio tenha em sua foz: 1.300 metros cúbicos por segundo. Imprecisão ?Só com esse cálculo, a vazão disponível cairia para apenas 550 metros cúbicos. Trata-se de uma grave imprecisão técnica?. Mas ele disse não saber se ela foi cometida de modo intencional ou não. O especialista baseou suas conclusões no próprio relatório que serve de base para o pedido oficial de execução da obra e que está sendo discutido nas audiências públicas sobre o projeto. Militantes ambientais e os governos dos próprios estados banhados pelo rio têm recorrido à Justiça contra o processo de aprovação da transposição, que está sendo denominada agora de ?integração de bacias hidrográficas?. A de Belo Horizonte só foi realizada na semana passada, após intensa batalha judicial. A de Alagoas está marcada para amanhã. ?O EIA, relatório de impacto ambiental, é mais detalhado que o Rima, mas é apenas este que está sendo levado para as audiências públicas?, acrescentou.

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