Já os empregados da Rio Largo Transporte não aderiram à greve, pois segundo eles, estão com os salários em dia. Essa não é a primeira vez que os funcionários da empresa param por causa de atraso no pagamento dos salários. Uma comissão de trabalhadores que se manteve na frente da sede da empresa em Maceió, na Avenida Fernandes Lima, afirmou que só recebeu o 13º salário porque a empresa temia ser multada pela Delegacia Regional do Trabalho. Só que ficaram sem receber os salários de outubro, novembro, dezembro, além de janeiro, que pela Legislação Trabalhista pode ser pago até o dia 5 de fevereiro. De acordo com os trabalhadores, a empresa já havia informado que só pretendia pagar o mês de fevereiro no dia 5 de março, deixando os atrasados em aberto. As lideranças pedem que a DRT volte a fiscalizar a situação da empresa. Eles denunciaram ainda que alguns trabalhadores estão com até cinco férias vencidas. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o desconto para previdência foram depositados pela última vez em setembro de 2001. Sem contar que há 40 meses não recebem ticket alimentação. A reportagem da GAZETA tentou ouvir algum representante da empresa, mas não foi recebida porque não havia sequer um funcionário na recepção da sede da Rio Largo. Os trabalhadores reclamam também da falta de apoio do sindicato da categoria que, segundo ele, “estão sempre do lado dos patrões”. (FAS)