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Nº 5884
Cidades

CASOS DE DENGUE EM ALAGOAS TÊM REDUÇÃO DE MAIS DE 65% EM 2023

Ministério da Saúde aponta que casos de Zika Vírus e Chikungunya também apresentaram queda no estado

Por ANNA CLÁUDIA ALMEIDA | Edição do dia 13/05/2023 - Matéria atualizada em 13/05/2023 às 04h00

O número de casos por dengue em Alagoas apresentou uma considerável redução entre os meses de janeiro a abril de 2023, em comparação aos registros do mesmo período de 2022, atingindo uma queda de 65,71%. O ano passado, em que todo país, o número de óbitos da doença chegou a bater o recorde histórico, com mais de mil vítimas fatais.

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), apontam que nos quatro primeiros meses deste ano foram registrados no estado 1.909 casos e nenhum óbito; já no mesmo período do ano passado, os números chegaram a 5.568 e três óbitos. 

Outro número animador é quanto aos casos de Zika Vírus, que também apresentou redução no estado de 80,78%. Neste quadrimestre de 2023, foram apenas 59 casos confirmados, sem mortes. No ano passado, os casos chegaram a 307, mas também sem óbitos pela doença. 

Já a Chikungunya a redução comparando os mesmos períodos chega a 63,38%. Em 2022 foram 986 casos e dois óbitos; já este ano, os casos chegaram a 361 e sem mortes. 

Sobre essa redução, o médico infectologista, Fernando Maia, explica que a cada período, geralmente uma das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti é a que predomina. Esse ano, por exemplo, a predominância foi a Chikungunya e uma certa redução dos casos de Dengue. “Mas há anos que é o contrário com a predominância da Dengue. Isso é fásico e acontece de tempos em tempos, as doenças vão se alternando. Isso é uma parte da explicação para a redução dos casos de Dengue”, disse. 

A medida que os casos aumentam, segundo o infectologista, a população começa a ficar mais atenta e, assim, haver um combate mais efetivo dos criadouros do mosquito e reflete na redução do número de registros, o que é positivo. 

Maia acrescenta ainda que, apesar dos dados positivos, as doenças não desapareceram e nem vão desaparecer. A única forma de adquirir Dengue,  Chikungunya ou Zika Vírus é por meio da picada do mosquito, e a população precisa manter a consciência do combate ao mosquito transmissor. 

“É fundamental que todos prestem atenção em suas residências, não deixando recipientes que possam acumular água parada como garrafa, caco de telha, qualquer recipiente plástico que possa ficar solto no quintal, na rua e que servirá, consequentemente, de criadouro para o mosquito da dengue. Tudo isso é importante que seja evitado para não surjam novos casos das doenças”, finalizou. 

O último balanço do Ministério da Saúde apontou que, em 2023, o Brasil registrou 173 mortes por dengue. O boletim epidemiológico apontou ainda que 4.231 municípios notificaram casos de dengue (75%), o que significa que apenas 1.339 municípios brasileiros não registraram de pacientes infectados pelo Aedes aegypti.

Além das 173 mortes por dengue já confirmadas no ano, outras 234 estão em investigação, segundo o boletim da 13° semana epidemiológica de 2023. O número corresponde a um aumento de 41% em relação ao número de casos no mesmo período do ano passado. Em março houve um pico, quando os casos prováveis saltaram de 327.938 no dia 17, para 373.380 no dia 20. Isso representou um aumento de 45.442 casos em apenas três dias. Atualmente existem 584.113 casos prováveis da doença em apuração.

Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a primeira vacina para pessoas que nunca entraram em contato com a doença, a Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma. Ela deve chegar nas clínicas particulares do país no segundo semestre deste ano, mas ainda não há previsão de inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).

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