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Nº 5822
Cidades

Sem �gua, luz e telefone

Com a constante falta de energia nas regiões de Cruz das Almas e Jatiúca, onde está concentrado um elevado número de condomínios e restaurantes, os prejuízos são muitos. Desde dezembro de 2004, as freqüentes baixas de energia preocupam e irritam a popula

Por | Edição do dia 03/02/2005 - Matéria atualizada em 03/02/2005 às 00h00

Com a constante falta de energia nas regiões de Cruz das Almas e Jatiúca, onde está concentrado um elevado número de condomínios e restaurantes, os prejuízos são muitos. Desde dezembro de 2004, as freqüentes baixas de energia preocupam e irritam a população. O estudante Frederico Salgueiro, 18 anos, morador do Stella Maris, disse que “por volta das 22h da terça-feira um estouro seguido de um clarão surpreendeu todo mundo. Depois a luz começou a falhar e as ruas ficaram na escuridão”. Quem tentou falar com a Ceal não conseguiu. “Liguei várias vezes, mas só consegui ouvir uma mensagem informando que todas as linhas estavam ocupadas”, contou o estudante. Morador do edifício Mahatma Gandhi, em Cruz das Almas, Jorge Palmeira afirmou que “toda vez que chove, falta energia”. No edifício moram 96 famílias. Para superar a falta de água, decorrente do não funcionamento das bombas, os moradores alugaram um gerador de energia para amenizar o problema. “Além da falta de energia e água, ficamos também sem telefone, já que não temos como recarregar os celulares”, reclamou Jorge Palmeira. Em um restaurante no Stella Maris, o gerente Almeida Santos, 44 anos, explicou que a falta de energia sempre traz problemas. “Saímos sempre no prejuízo porque deixamos de vender. Imagine um restaurante com 500 pessoas indo embora”. Almeida disse que não sofreu perda de alimentos. “Graças a Deus, não tivemos alimentos estragados porque temos três câmaras frigoríficas, o que nos salvou”, informou o gerente. Lagostas estragadas Em Cruz das Almas, onde a energia só voltou às 16h30 de ontem, o empresário Kennedy Brandão, dono de um restaurante na orla, diz que teve prejuízo de R$ 11.500. “Na terça-feira abasteci o restaurante para o carnaval. Só de lagostas foram 150 quilos jogados fora”, lamentou, garantindo que vai entrar na Justiça contra a Ceal. “Sem falar no desfalque no faturamento de ontem (terça-feira). Em média, apuro R$ 2.500 por noite; o movimento na noite do apagão rendeu apenas R$ 120”, completou Kennedy Brandão. O síndico do condomínio Pedras do Atlântico, localizado em Cruz das Almas, Valtenor Leôncio, confirma que a falta de energia é um problema antigo no bairro. “As quedas de energia vêm acontecendo quase diariamente. Os moradores já tiveram diversos equipamentos queimados. Peças caras dos elevadores tiveram de ser trocadas, sem falar no calor, que não deixa ninguém dormir de madrugada”, denunciou o síndico, que pretende mobilizar os consumidores e entrar com uma ação conjunta na Justiça contra a Ceal. (CS)

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