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Acusado de tr�fico e mec�nico s�o executados em oficina no Clima Bom

Um homem acusado de tráfico foi executado com seis tiros de pistola calibre 9 milímetros, na tarde da última quarta-feira, numa oficina de conserto de motocicletas localizada na Rua Clemente de Vasconcelos, no Clima Bom. O mecânico e proprietário da oficina também foi assassinado. Ele recebeu dois tiros na cabeça. Robenilton Oliveira do Nascimento, 25, que residia na Rua Valter Gama, 62, no Clima Bom, respondia a processo por tráfico de drogas. Ele esteve preso, no ano passado, no Cirydião Durval, onde passou 45 dias e foi liberado pela Justiça. Deveria responder a processo em liberdade. O atentado foi praticado por dois rapazes, que fugiram em bicicletas. Outros dois ficaram do lado de fora, dando cobertura à ação dos agressores, declarou uma testemunha, que não quis se identificar. Pelo calibre da arma, dá para perceber que não é gente fraca que está envolvida no crime, completou. Tiros de pistola Os matadores de Robenilton usaram pistolas 9mm, uma arma privativa das Forças Armadas. Nem mesmo as polícias Civil e Militar são autorizadas a usar pistolas deste tipo, em virtude do poder de fogo e destruição. Peritos do Instituto de Criminalística recolheram as cápsulas que ficaram no local do duplo homicídio e encontraram, dentro da bermuda de Robenilton, uma carteira com várias bombinhas de maconha, o que confirma que ele continuava envolvido com tráfico de drogas. O autônomo Wilton Leão Xavier, 45, cunhado da vítima, declarou que a família desconhece o que motivou o homicídio. Ele não reclamava de ameaças. O único problema que ele tinha era a questão das drogas, mas nenhum parente quer falar a este respeito, declarou, acrescentando que Robenilton era solteiro, mas tinha dois filhos menores. Comércio de drogas Policiais da Delegacia do 11º Distrito informaram ontem que o crime foi motivado pelo comércio de drogas no Clima Bom. Quando foi presa, a vítima perdeu o controle do local onde vendia maconha. Segundo os policiais, descobrir quem assumiu a boca-de-fumo é o primeiro caminho para chegar aos envolvidos no duplo homicídio. Até a noite de ontem, a polícia não havia identificado o segundo homem assassinado. Policiais disseram apenas que era mecânico e estava consertando a moto do suspeito de tráfico, quando foi executado com dois tiros na cabeça. O cadáver permanecia ontem na geladeira do IML de Maceió, sem identificação. Funcionários do Instituto informaram que ninguém apareceu para identificar o corpo. (EF)