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Nº 5822
Cidades

Delegado indicia pitboy por les�o corporal

EDNELSON FEITOSA O delegado do 2º Distrito, Dalmo Lima Lopes, cansou de esperar a apresentação de Thiago Lira, acusado de espancar e quebrar um copo no rosto do universitário Felipe Monteiro de Vasconcelos, 20, em uma boate no Stella Maris, na Jatiúca. E

Por | Edição do dia 04/02/2005 - Matéria atualizada em 04/02/2005 às 00h00

EDNELSON FEITOSA O delegado do 2º Distrito, Dalmo Lima Lopes, cansou de esperar a apresentação de Thiago Lira, acusado de espancar e quebrar um copo no rosto do universitário Felipe Monteiro de Vasconcelos, 20, em uma boate no Stella Maris, na Jatiúca. Ele determinou que o cartório fizesse a qualificação indireta de Thiago e, assim, não precisará do interrogatório. Também preparou o relatório final e mandará hoje o inquérito para a Justiça. O delegado disse que não vai mais esperar a apresentação do acusado, “porque o advogado Welton Roberto não demonstrou o menor interesse em que ele seja ouvido pela polícia, pelo menos enquanto tivesse mandado de prisão temporária decretado pela Justiça”. Se houvesse comparecido para depor, Thiago teria sido preso pelo delegado. A pedido do delegado Dalmo Lopes, o juiz Ricardo Jorge decretou a prisão de Thiago, na semana passada. O presidente do inquérito tomou a iniciativa de solicitar a medida, em virtude do desinteresse de Thiago em assumir sua culpa pelas lesões provocadas na vítima. A partir de agora, Thiago já não será ouvido mais pelo delegado do 2º Distrito, pois Dalmo Lopes considera que a parte do inquérito está concluída, desde que ouviu os depoimentos das testemunhas e as declarações da vítima Felipe Vasconcelos, que estuda em Brasília e estava em férias em Maceió. Thiago Lira era um dos pitboys suspeitos de integrar o grupo do lutador de jiu-jítsu Charles Alexandre, o Charlão, processado por liderar o espancamento do estudante Klébson Silva de Almeida, ocorrido na boate Uau, em Jaraguá, em julho do ano passado. Ele e seu grupo respondem a processo na Justiça em liberdade. O caso revoltou a comunidade local pela forma cruel como a vítima, atacada por vários rapazes, foi agredida a golpes de artes marciais. Celeuma demais O advogado Welton Roberto disse que não entende “o motivo de tanta celeuma num caso quem nem dá cadeia”. No entanto, ponderou que será muito bom que o delegado Dalmo Lopes encaminhe logo o inquérito para a Justiça, pois “eu não iria apresentar meu cliente a ele”. Welton Roberto acusa o delegado de não ter cumprido o acordo para apresentação de Thiago. Pelo acordo, o acusado seria interrogado pelo delegado num Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). No entanto, Dalmo Lopes, “diferente do que tinha sido acertado”, segundo o advogado, “determinou a abertura de inquérito e pediu a prisão temporária do meu cliente”. Welton Roberto continua defendendo que seja feito um TCO e encaminhado à Justiça. “Ele não tem nada em mãos. Ninguém consegue diagnosticar uma lesão grave em tão pouco tempo. Normalmente, é preciso 30 dias, pelo menos, para se confirmar a gravidade das lesões. Ele está presumindo que é lesão grave”, frisou o advogado. Com base em outros processos de lesão, Welton Roberto diz que jamais resultam em prisão. “Ainda ontem, consegui a suspensão condicional de um processo. Bastou que o acusado se comprometesse com o juiz a não se meter em encrenca pelos próximos quatro anos e pagar cestas básicas. Após a audiência, ele foi para casa, conforme prevê a lei”, concluiu o advogado, que ainda aguarda a revogação da prisão de Thiago. O pedido está nas mãos do juiz Braga Neto.

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