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Nº 5822
Cidades

Queda-de-bra�o entre Casal e Ceal

O diretor de operações da Companhia de Abastecimento D’Água e Saneamento de Alagoas (Casal), Wallace Padilha, disse que “a queda de energia tem sido uma constante tanto na capital quanto no interior do Estado. Isso tem preocupado muito a empresa, principa

Por | Edição do dia 04/02/2005 - Matéria atualizada em 04/02/2005 às 00h00

O diretor de operações da Companhia de Abastecimento D’Água e Saneamento de Alagoas (Casal), Wallace Padilha, disse que “a queda de energia tem sido uma constante tanto na capital quanto no interior do Estado. Isso tem preocupado muito a empresa, principalmente por causa do carnaval”, denunciou. De acordo com Wallace Padilha, a falta de água se agrava a cada queda de energia. “O processo de recuperação é lento porque a água tem que ser bombeada, levada para a estação de tratamento, até chegar às casas dos consumidores”, completou. Os bairros que dependem do Sistema Pratagy só vão ter a situação controlada a partir de sábado, se não ocorrerem novas quedas de energia. Com relação aos prejuízos no funcionamento do Sistema Pratagy, o diretor de Operações da Ceal, Geraldo Santiago, foi enfático: “O que a Casal fala, eu não considero, até que ela pague o que está devendo”. Segundo o setor financeiro da Ceal, a Casal deve cerca de R$ 22 milhões, fora as faturas mensais que chegam a R$ 2,3 milhões. Para liquidar o débito, foi feito um acordo de parcelamento em 10 anos. Na terça-feira, o Emissário Submarino de Maceió também foi afetado pela falta de energia. Sem força suficiente para bombear o esgoto até o alto-mar, vários bueiros no Poço e no Centro da cidade transbordaram, espalhando dejetos pelas ruas. O diretor de operações da Casal garantiu que a situação no Emissário Submarino já foi controlada e ontem, apesar da falta de energia, não apresentou problemas. Geraldo Santiago aponta a inadimplência como a principal responsável pelas falhas no fornecimento de energia. “A Ceal tem R$ 180 milhões para receber de maus consumidores. Grandes empresas alagoanas estão amparadas por liminares na Justiça e, mesmo devendo, continuam recebendo energia. Além disso, 25% da energia que compramos é roubada pelos consumidores que fazem ligações clandestinas”, denunciou. “Não aceitamos só ser cobrados. Vamos para o ataque também. Se a Ceal receber 20% do dinheiro dos inadimplentes, faremos de Alagoas uma Paris, a cidade mais iluminada do mundo”, finalizou. (CS).

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