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Nº 5822
Cidades

“Ajudo ele, inclusive com dinheiro”

Outro que alegou inocência, ontem, foi Carlos Henrique. Ele admitiu ter negócios com Julio Ney, que, segundo ele, “está em dificuldades financeiras, precisando de ajuda”. “Eu costumo ajudá-lo, inclusive com dinheiro. Quando ele pode, ele me paga”, contou

Por | Edição do dia 05/02/2005 - Matéria atualizada em 05/02/2005 às 00h00

Outro que alegou inocência, ontem, foi Carlos Henrique. Ele admitiu ter negócios com Julio Ney, que, segundo ele, “está em dificuldades financeiras, precisando de ajuda”. “Eu costumo ajudá-lo, inclusive com dinheiro. Quando ele pode, ele me paga”, contou Carlos Henrique, que é funcionário público federal. Para “ajudar o empresário”, Carlos Henrique disse que concordou em ir apanhar em seu carro as duas geladeiras compradas por ele num supermercado para revender a hospitais. Os outros dois primos estariam com ele, para ajudar a colocar e retirar as geladeiras do veículo. “Eles também não têm nada a ver com a cobrança da propina”, garantiu. O funcionário público Arnaldo Clarino, que se recusou a informar em qual secretaria está lotado, confirma as declarações de Carlos Henrique. “Eu nem conhecia direito o Julio Ney. Ele já me pediu desculpas várias vezes, por haver metido a gente nesta enrascada. Foi ele mesmo quem disse que nós entramos de gaiatos. Fomos com ele para receber o dinheiro, porque, em seguida, iríamos almoçar”, concluiu. Os quatro acusados foram autuados em flagrante pelo delegado de plantão na Central Integrada de Atendimento Policial ao Cidadão (CIAPC 3), Antônio Monteiro de Souza Filho. Somente Julio Ney confessou o crime de extorsão contra o empresário. Os demais alegaram inocência. Na manhã de ontem, eles foram conduzidos à Delegacia de Defraudações, onde o delegado Nilson Alcântara concluirá o flagrante, em dez dias, e remeterá à Justiça. Nilson Alcântara não quis comentar as suspeitas do diretor da Polícia Civil, Roberto Lisboa, de que funcionários da Sefaz estão comprometidos com o crime e que pelo menos outros cinco empresários foram vítimas do esquema montado por Julio Ney. “Estou recebendo o flagrante agora. Vou estudar o que foi levantado até o momento e dar seqüência às investigações”, concluiu o delegado. (FF)

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