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Nº 5822
Cidades

Po�o respira carnaval at� Quarta-feira de Cinzas

FÁBIA ASSUMPÇÃO Na manhã da Quarta-Feira de Cinzas, o bloco de frevo Poço na Folia vai sair pelas ruas, inspirando-se em seu primo distante de Olinda, o “Bacalhau na Vara”, para mostrar que o bairro que dá nome à Escola de Samba Unidos do Poço é, sem dú

Por | Edição do dia 06/02/2005 - Matéria atualizada em 06/02/2005 às 00h00

FÁBIA ASSUMPÇÃO Na manhã da Quarta-Feira de Cinzas, o bloco de frevo Poço na Folia vai sair pelas ruas, inspirando-se em seu primo distante de Olinda, o “Bacalhau na Vara”, para mostrar que o bairro que dá nome à Escola de Samba Unidos do Poço é, sem dúvida, o mais carnavalesco de Maceió. O bairro é sede da mais antiga escola de samba de Maceió, a Unidos do Poço, e do mais novo campeão do carnaval, o Bumba-Meu-Boi Lacrau, que conquistou este ano o tricampeonato alagoano na modalidade. O bloco Poço na Folia surgiu há nove anos, quando um grupo de amigos do bairro procurou uma alternativa para brincar o carnaval, já que não tinha condições de participar do Baile de Máscaras promovido todos os anos no Sesc, instalado na Praça 13 de maio. Segundo o presidente do bloco, Marcos José de Souza, a idéia acabou dando certo e o Poço na Folia nunca mais deixou de sair no carnaval. Assim como as escolas de samba, manter um bloco carnavalesco não é nada fácil, principalmente na era do axé music e trios elétricos. “Nossa tradição é de frevo”, diz Marcos. Na véspera do desfile deste ano, os diretores da agremiação ainda esperavam a ajuda prometida pela prefeitura de R$ 2 mil. O maior custo do bloco são os músicos. “No carnaval, como a procura é grande, a contratação dos músicos é mais cara”. Esquentando a bateria Nos dias que antecedem o carnaval, os moradores do bairro do Poço passam a respirar carnaval. O último ensaio geral da Unidos, que desfilaria na noite desse sábado, na Pajuçara, arrastou uma verdadeira multidão para a Rua José Mercury Santos, na noite da última quinta-feira. A festa foi regada a muito samba e pagode, para não fugir à tradição. A agremiação carnavalesca mais antiga da cidade completou em janeiro 50 anos de existência. Por isso, o tema do enredo da escola foi “No seu jubileu de Ouro, o Grêmio Recreativo da Unidos do Poço rememora sua história de apogeu e glória”. Apogeu e glória, diga-se de passagem, que lhe rendeu 29 títulos, sem contar com os empates. Célia dos Santos, presidente da Unidos, conta que o bloco surgiu de um encontro de seis amigos na Praça 13 de Maio. O bairro vinha de uma tradição de vários blocos de frevo como o Arrasta Velha. Ela ressalta que os tempos de apogeu da escola ficaram para trás e hoje a tradição é mantida em meio a muitas dificuldades. Mesmo em cadeira de rodas, Célia não perde um desfile da escola. E seu maior medo é que um dia a escola se acabe. “Há seis anos, estava de coma no hospital e quando acordei a primeira coisa que perguntei foi se a Unidos do Poço ainda existia”.

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