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quarta-feira, 19/03/2025 | Ano | Nº 5926
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MP recebe dossi� sobre rombo na Sa�de

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FELIPE FARIAS O Ministério Público Estadual (MPE) recebeu ontem as informações pedidas por meio da Justiça Federal à Caixa Econômica sobre as operações envolvendo transferência de recursos de contas da Secretaria Estadual de Saúde em suas agências, que resultaram no chamado escândalo da Sesau. As informações foram entregues pela 3ª Vara da Justiça Federal em Alagoas e devem incluir o resultado da investigação interna realizada pela própria Caixa nas operações. Mas somente hoje devem ser divulgadas, porque são compostas por oito volumes. O pedido de informações é parte da ação impetrada na Justiça Federal pelo Ministério Público de Alagoas e Procuradoria Geral do Estado (PGE), no final do ano passado, contra a Caixa Econômica. Na época, durante as investigações dos envolvidos no desvio de R$ 3,6 milhões das contas da Secretaria de Saúde, a Caixa se recusou a informar aos promotores do caso os nomes das pessoas e empresas que receberam depósitos desviados do dinheiro da Sesau. A transferência era operada pelo próprio chefe da Contabilidade da Secretaria à época, Eduardo Martins Menezes. De posse de ofícios que continham informações como nomes de quem deveria receber os depósitos, ele ia às agências em que estão as contas e efetuava as transferências. Os ofícios traziam supostas assinaturas de dois dirigentes do órgão que têm poder para autorizar despesas na secretaria, o secretário-adjunto Jorge Villas Bôas e o diretor-administrativo, Antônio Guedes. Ficou comprovado depois que as assinaturas tinham sido falsificadas. A fraude foi praticada também nas contas que a Sesau mantinha no Banco do Brasil, que, no entanto, não se recusou a informar os beneficiários. O BB ainda devolveu o dinheiro que foi desviado das contas mantidas em suas agências. Mas a Caixa Econômica alegou que a entrega das informações poderia ferir o direito ao sigilo bancário. Ontem, a 3ª Vara entrou em contato com o Núcleo da Fazenda do MPE e informou que os documentos estavam disponíveis. No fim da tarde, os volumes chegaram ao promotor Sidrack Nascimento. Mas, como eram muitos documentos, ele disse prever que somente hoje terá uma idéia da análise, frisando, porém, que “devem” constar do calhamaço, entre outras informações, cópias do relatório da auditoria da Caixa para apurar envolvimento de seus funcionários e ofício informando se a instituição pretende efetuar o ressarcimento dos valores desviados.

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