Cidades
Universit�rio � executado a tiros no �Trapiche; suspeita � de crime passional

O universitário Marcelo Soares do Nascimento, 24, aluno do Curso de Contabilidade do Cesmac, foi executado com 22 tiros de pistola calibre 380, na noite da última terça-feira, num posto de combustíveis da Avenida Siqueira Campos, no Trapiche da Barra, em frente à antiga Churrascaria Adega. O homicídio foi praticado por dois homens não identificados, que fugiram num veículo Gol, de cor preta. Segundo a polícia, Marcelo chegou ao local do atentado por volta das 23h20. Quando se aproximava da lanchonete do posto, ele foi seguido e abordado por um dos pistoleiros que já estava de arma em punho. Ele reagiu e chegou a lutar com o agressor, afirmou o chefe do Setor de Operações da Delegacia do 3º Distrito, Eliel Paranhos. O outro homem, que havia ficado no carro, correu na direção de Marcelo e começou a atirar. A vítima recebeu 19 tiros nas costas, segundo o legista do IML que realizou a necropsia. A família de Marcelo não quis comentar o crime com a imprensa. Um irmão declarou apenas que pretendia sepultar o corpo do universitário e que irá esperar acalmar os ânimos para apontar à polícia de onde partiu o crime. Motivo passional Parentes do universitário comentaram com funcionários do IML que o crime teve conotação passional. Uma mulher seria o pivô do fato. No entanto, não revelaram pormenores do caso que resultou no assassinato do rapaz. O chefe do Setor de Operações do 3º Distrito, Eliel Paranhos, revelou que em junho do ano passado Marcelo havia sofrido outro atentado à bala. Ele passava em seu carro, um Vectra, quando foi surpreendido por tiros disparados por ocupantes de outro veículo. O Vectra foi atingido na porta do motorista e o universitário foi ferido de raspão. O atentado ocorreu nas imediações do Colégio Élio Lemos, no bairro da Levada. Quando foi ouvido pela polícia, o universitário apontou como responsável pelo crime um rapaz que estava convivendo com sua ex-namorada, com quem Marcelo tinha um filho. Ouvimos o suspeito que ele apresentou, mas as investigações não evoluíram, declarou o policial. Nas diligências, os policiais da Delegacia do 3º Distrito descobriram que Marcelo tinha um problema recente, igualmente grave. Dias antes do atentado, ele havia discutido, agredido e jogado para fora do carro uma mulher. O caso também foi investigado, mas a polícia não obteve sucesso. O policial Eliel informou que vai notificar a atual namorada da vítima para depor. A intenção é saber se ela foi vítima de ameaças. Uma irmã de Marcelo, que é advogada, considerada uma das pessoas com quem ele costumava desabafar e falar sobre seus problemas, também será convocada pela polícia. (EF)