“Beb�s j� chegam em situa��o de risco”

A gerente da Unidade Neonatal da Santa Mônica, Rafaela Reis, confirma os dados divulgados pelo Sindicato dos Enfermeiros, de que 87 óbitos neonatais foram registrados nos últimos dois meses, mas esclarece que os números são “brutos”. “Eles registram também bebês trazidos de outras unidades, inclusive do interior, em situação de alto risco, às vezes transportados em condições precárias, e que já dão entrada na maternidade em óbito”, tenta explicar Rafaela. Ela diz que há empenho da diretoria da Santa Mônica para resolver os problemas dentro das possibilidades do hospital, mas destaca que a contratação de pessoal depende do Estado. Carência O quadro de carência, se gundo o diretor-médico da Santa Mônica, José Carlos Silver, já foi repassado, e há ainda uma lista de espera do último concurso público da Saúde, cuja validade foi prorrogada por mais dois anos, para contratação. Mas, segundo ele, existem obstáculos alegados pela Secretaria de Estado de Administração, como os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estão sendo estudados. O diretor informa, ainda, que a Maternidade Santa Mônica precisaria de pelo menos mais 300 profissionais para atender satisfatoriamente à demanda atual, entre eles 100 auxiliares de enfermagem, 35 enfermeiros, 17 neonatologistas e 15 obstetras. Rede Mas ele sugere, também, que o poder público deveria exigir que cada unidade da rede credenciada de saúde abrisse pelo menos seis leitos de cuidados intermediários, como forma de reduzir a superlotação das unidades de alto risco e, conseqüentemente, o número de óbitos.