Cidades
MP vai aprofundar as investiga��es

O esquema na Secretaria da Fazenda (Sefaz) veio à tona no final de janeiro, quando o empresário João Cassimiro Bittencourt Neto denunciou à polícia que havia sido procurado por Júlio Ney, que exigiu R$ 6 mil para que o pagamento de processos no valor de R$ 50 mil, que Bittencourt tinha a receber, fosse apressado na Sefaz. Quando o negócio estava praticamente fechado, João Cassimiro procurou a polícia e o Ministério Público (MP), denunciando o esquema. Ele concordou em ajudar a montar o flagrante de pagamento da propina de R$ 6 mil. Júlio Ney foi preso em flagrante, mas na semana passada acabou sendo solto, pr ordem judicial, e deve responder ao processo em liberdade. A polícia e o MP têm informações de que pelo menos outras cinco empresas três delas de Recife (PE) já teriam recebido pagamentos da Sefaz através do mesmo esquema. O promotor Luiz Vasconcelos, coordenador do Núcleo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual, disse que as informações da polícia apontam que o grupo atuava desde janeiro. Mas isso não quer dizer que eles não estavam atuando antes, disse. Segundo o promotor, todos os envolvidos no esquema responderão pelo mesmo crime, mas Geraldo Correia, que exercia cargo em comissão na Sefaz, deverá ser mais investigado, já que tinha acesso a informações privilegiadas. Deveremos nos aprofundar mais nessa investigação em relação ao Geraldo porque ele atuava dentro da secretaria, destacou Luiz Vasconcelos. (RC)