Cidades
Sociedade desconhece nossa fun��o

Outra reivindicação dos Conselhos Tutelares de Alagoas é referente à falta de conhecimento, tanto da sociedade quanto dos órgãos que deveriam colaborar com eles, sobre as funções que desempenham. A conselheira Lena Carvalho, lotada nas regiões 1 e 2 de Maceió, que abrange os bairros entre Ipioca e Pontal da Barra, diz que já enfrentou problemas para ter acesso a eventos noturnos e casas de shows. Estava dando assistência a uma mãe que queria localizar a filha de 12 anos, num show na Pecuária, e fui impedida de entrar, contou, avaliando que deveria haver uma ação conjunta entre policiais e seguranças. Falta informação sobre quem somos, disse. De acordo com a presidente do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente, Nadeje Amorim, falta uma conscientização de toda a sociedade sobre o que é o Conselho Tutelar e, ainda, o que representa o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela diz que é preciso divulgar as ações nas instituições de ensino, desde as escolas fundamentais até as universidades. O presidente do Fórum dos Conselhos Tutelares do Estado, Edmilson de Souza, informou que vai procurar o Ministério Público para negociar uma solução. Muitas vezes, os conselheiros são orientados a ir fiscalizar casas de shows, mas são barrados na entrada. Se for necessário, vamos pleitear uma mudança nas leis municipais que garanta o acesso dos conselheiros a esses locais. Durante a reunião do Fórum dos Conselhos Tutelares de Alagoas, a categoria resolveu, também, buscar apoio do comandante da Guarda Municipal, João Mendes, para acompanhar os conselheiros em suas missões, especialmente nas favelas, durante a noite. Eu já fui a favelas várias vezes à noite. É muito perigoso, porque imaginam que somos ameaçadores. Mas tenho que ir, é o meu trabalho. Se tivesse um guarda acompanhando, seria muito melhor, disse Lena Carvalho. (CS)