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Invas�o de �rea p�blica gera den�ncia no Benedito Bentes

Áreas públicas pertencentes ao Estado no Conjunto Benedito Bentes continuam sendo invadidas não só para construção de casas por famílias pobres, mas até para instalação de pontos comerciais. O problema levou o prefeito comunitário do conjunto, Silvânio Barbosa, a denunciar o comerciante José Antônio de Andrade, que estaria instalando um depósito de material de construção num terreno da Rua B-35, alegando que teria sido autorizado pela prefeitura. Vamos denunciar essa situação à Secretaria de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) e também à diretoria de patrimônio da Carph. Autorização Segundo Silvânio, José Antônio já havia sido notificado anteriormente pela prefeitura, por causa da instalação de um depósito de material de construção em outra área pertencente ao Estado, próxima ao mercado público do conjunto. Só que dessa vez, ele disse que teve autorização do prefeito Cícero Almeida para invadir o terreno. A área, de acordo com Silvânio, faz parte do patrimônio da Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais (Carph), que absorveu a extinta Companhia de Habitação Popular (Cohab). Essa área deveria ser destinada à construção de equipamentos como unidades de saúde, escolas ou quadras esportivas para utilização por toda a comunidade. O prefeito comunitário diz, ainda, que muitas das áreas pertencentes à Cohab estão penhoradas para pagamento de dívidas trabalhistas com servidores da Cohab. Problema antigo O problema de invasão de áreas públicas no conjunto é antigo. Mas é preciso impedir que novas invasões ocorram. É preciso que a prefeitura normatize a ocupação dessas áreas e procure levantar quais os benefícios que esses estabelecimentos que se encontram em terrenos invadidos estão trazendo para a comunidade, como geração de emprego e renda. Política O secretário de Controle e Convívio Urbano, Ednaldo Afonso Marques de Mello, disse que não tinha conhecimento de que a prefeitura houvesse dado autorização para a construção em áreas públicas invadidas. Ele sugeriu que o prefeito comunitário Silvânio Barbosa formalize denúncia na SMCCU para que o caso seja analisado. Mas, na avaliação de Ednaldo Marques, usar o nome do prefeito Cícero Almeida é uma atitude que demonstra a insatisfação das pessoas que perderam a eleição e não se conformam, disse ele, numa referência indireta a Silvânio, líder comunitário ligado à prefeita Kátia Born. (FAS)