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Suspeito de golpe na Fazenda ignora pol�cia

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REGINA CARVALHO Um empresário cujo nome não foi divulgado pela polícia, envolvido no esquema de propina para apressar o pagamento de processos na Secretaria da Fazenda (Sefaz), não compareceu ontem à Delegacia de Falsificações e Defraudações para prestar depoimento. O empresário, que é dono de uma pequena empresa de móveis em Maceió, seria ouvido pelo delegado Nilson Alcântara. O delegado afirmou que outros três empresários envolvidos no esquema serão convocados para depor nos próximos dias. Entre eles, um é de Sergipe e outro de Pernambuco. Júlio Ney Lima do Nascimento, citado como principal articulador do esquema, fazia levantamento de débitos e entrava em contato com empresários para “oferecer seus serviços” e apressar os pagamentos. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado semana passada e responderá o processo em liberdade. Geraldo Correia, que exercia cargo em comissão na Sefaz, e José Valter da Silva, que atuava como funcionário terceirizado na secretaria, foram indiciados, na última terça-feira, por tráfico de influência. Geraldo negou participação no esquema e Valter disse que “sua função era só localizar os processos a pedido do ‘seu’ Geraldo”. O promotor Luiz Vasconcelos, coordenador do Núcleo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual, informou que Geraldo será investigado com profundidade pela polícia, pois tinha acesso a informações de uso exclusivo da Sefaz. De acordo com o delegado Nilson Alcântara, o dinheiro adquirido por meio do esquema era rateado entre 10% e 12% para cada um dos envolvidos. O golpe para apressar o pagamento de processos na Sefaz foi descoberto no final de janeiro, quando o empresário João Cassimiro Bittencourt Neto fingiu aceitar os “serviços” de Júlio Ney, mas denunciou o golpe à polícia. Júlio Ney receberia R$ 6 mil de propina do empresário, que teria prestado serviço ao Estado no ano passado, mas não recebeu todo o pagamento, estimado em cerca de R$ 50 mil. A polícia teve acesso, por intermédio do Ministério Público Estadual (MPE), a uma gravação de voz e imagem registradas durante o encontro de Júlio Ney com o empresário João Cassimiro para fechar o negócio. O envolvimento de funcionários da Sefaz no esquema foi denunciado pelo promotor Luiz Vasconcelos.

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