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USO DE CELULAR NA ESCOLA É DESAFIO PARA EDUCADORES EM MACEIÓ

Especialista diz que para garantir um uso saudável e equilibrado dos aparelhos celulares, é importante saber dosar o uso durante as aulas

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A Prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, proibiu o uso de celulares dentro da sala
A Prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, proibiu o uso de celulares dentro da sala -

A compatibilidade entre a educação e a tecnologia é uma abordagem que está cada dia mais presente dentro do ambiente escolar, e o aparelho celular tem sido uma grande ferramenta pedagógica que, quando alinhado entre educadores e alunos, pode ser transformador na sala de aula. Nos últimos anos, com a pandemia, o uso dessas tecnologias ajudou bastante em um momento em que as crianças precisam estudar em casa.

A Prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, proibiu o uso de celulares dentro da sala de aula. Os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração.

Em Maceió, o uso de celular nas escolas também é um desafio que os educadores precisam lidar diariamente porque, ao mesmo tempo que é um grande benefício e traz tranquilidade para os pais, por outro lado, eles podem se tornar prejudiciais, quando usados de maneira desordenada.

A psicopedagoga Jizuí Rafaella Castro fala sobre o uso benéfico dessa tecnologia dentro do ambiente escolar. “O uso do celular tem influenciado no ambiente escolar como recurso pedagógico, sendo utilizado de maneira assertiva e combinada entre professor e aluno. Assim, a interação, um ambiente dinâmico, direcionado, durante uma pesquisa, atividades, compartilhamentos das informações e materiais digitais, tendem a aproximar os alunos, utilizando um recurso que faz parte de sua realidade”, fala.

Ela afirma que, para garantir um uso saudável e equilibrado dos celulares, é importante saber dosar o uso durante as aulas.

“É importante pensarmos que o mundo tecnológico faz parte de nossa realidade e os jovens dessa geração já nasceram dentro dessa realidade. Assim, as tecnologias contribuem para o aprimoramento de habilidades pertinentes ao desenvolvimento do sujeito”.

Segundo ela, a idade da criança reflete muito nas ações que as instituições de ensino devem tomar. “Respeitando a faixa etária, os conteúdos, os objetivos a serem alcançados, as especificidades de cada sujeito e suas necessidades. Uma vez que enquanto ambiente escolar, somos um meio social em que acolhemos e mediamos sujeitos para o mundo globalizado”, completa.

Quando estabelecidas regras claras e acordos em relação ao uso de celulares, a sala de aula pode se transformar em um espaço dinâmico e produtivo. Além disso, é necessário uma aproximação das famílias no ambiente escolar. “A parceria família e escola é essencial! Uma vez construído o vínculo e a confiança, conseguimos fazer um trabalho direcionado e mais assertivo. E a capacitação dos professores para li dar com as mídias, visando aulas dinâmicas, atrativas para que haja um processo de aprendizagem de construção, reflexão e flexível. Se não existe essa compreensão, pode haver um uso exagerado ou excessivo do celular! Como consequência, pode haver, sujeitos com dificuldades de atenção, desorganizados, ansiosos e com prejuízos cognitivos”, alerta.

“Quando existem regras pré-estabelecidas, combinados a serem realizados, com o uso do celular, os alunos e professores, seguem a rotina do dia de maneira assertiva e pontual. Mantendo o vínculo, o respeito e a construção de conhecimento”, finaliza.

Considerando esse cenário, um colégio particular localizado na parte baixa de Maceió está promovendo um “Dia Detox”, que consiste em não utilizar o celular durante um dia pré-determinado.

A campanha tem como objetivo reduzir os efeitos negativos da hiperconectividade por meio da desconexão periódica do aparelho celular, na escola, evitando o uso de redes sociais e mídias on-line, para que, assim, melhore o foco, o uso consciente da tecnologia, a interação e consequentemente a sensação de bem-estar.

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