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Nº 5811
Cidades

IBGE registra queda de 8,9% nas vendas a varejo em Alagoas

O Estado de Alagoas é o terceiro a registrar maior queda nas vendas a varejo com um percentual de 8,9%, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que constatou em todo o Brasil uma queda de 0,9%, somente no

Por | Edição do dia 27/04/2002 - Matéria atualizada em 27/04/2002 às 00h00

O Estado de Alagoas é o terceiro a registrar maior queda nas vendas a varejo com um percentual de 8,9%, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que constatou em todo o Brasil uma queda de 0,9%, somente no mês de fevereiro deste ano. As maiores quedas foram registradas em Roraima, que teve 13,60%, Acre, 10,6%, além de São Paulo, que alcançou 2,6%, e Rio de Janeiro 3,09%. Segundo dados da pesquisa, no Estado de Alagoas os setores mais atingidos com a queda nas vendas foram de eletrodoméstico e vestuário. Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Maceió (CDL), Wilson Barreto, a crise nas vendas deve-se à política econômica do governo federal, que prioriza os juros altos, o controle da inflação, através da diminuição da circulação de dinheiro. “Essas medidas somente afetam os comerciantes e os bolsos dos consumidores alagoanos”, frisou. O presidente acredita que as vendas possam melhorar nesse segundo semestre, quando terá várias datas comemorativas, a exemplo do Dia das Mães e Dia dos Namorados. “Esse período sempre é de boas vendas para os lojistas”, disse. Wilson Barreto enfatizou, ainda, que a melhoria das vendas vai depender principalmente da situação econômica do País. Ele cita o exemplo da guerra do Oriente Médio, que acabou resultando no aumento do preço da gasolina, além dos custos financeiros das empresas. Venda de eletrodomésticos aumenta 22% em Maceió As vendas de aparelhos de TV cresceram em até 22% no comércio de Maceió, nos últimos três meses, e a tendência é que o crescimento dobre até a Copa do Mundo, quando há um aquecimento maior nas vendas de televisores. A expectativa é dos próprios comerciantes, que vislumbram bons lucros, principalmente se a Seleção Brasileira de Futebol passar da primeira fase da competição. No mesmo período da Copa do Mundo de 1998, as vendas atingiram índices mais elevados em relação a este ano, vendendo de cinco a seis aparelhos de TV por dia, e hoje vendem de uma a duas peças diariamente. Os comerciantes avaliam que o racionamento atrapalhou as vendas. “O racionamento e a ameaça dos apagões influenciaram nesses índices, mas vamos aguardar a proximidade do Mundial”, disse o gerente de uma loja de eletrodomésticos do centro de Maceió, Paulino dos Santos. Ele revela que em seu estabelecimento, o que tem saído mesmo são os televisores de 29 polegadas, os chamados “telões”, mesmo com os mais baratos custando R$ 890,00 e os mais caros e mais sofisticados chegando a custar R$ 5.000,00. “As pessoas têm procurado bastante esse tipo e, por causa disso, conseguimos atingir um aumento nas vendas de 22%. Os aparelhos de menor porte têm tido uma saída considerada normal”, afirmou. Em uma outra loja do ramo, também no centro da capital alagoana, o gerente afirma que o crescimento nas vendas de eletroeletrônicos chegou a 12%, mas a empresa queria atingir cerca de 30%. “É um acréscimo ainda muito pequeno, pois chegamos a menos da metade do desejado”, disse Cícero de Almeida.

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