
IML AGUARDA PARENTES DE CRIANÇA CARBONIZADA PARA EXAME DE DNA
Justiça libera corpo para sepultamento no domingo, mas declaração de óbito só é liberada com resultado
Por Regina Carvalho | Edição do dia 29/08/2023 - Matéria atualizada em 29/08/2023 às 04h00
A Polícia Civil vai intimar testemunhas e parentes da menina Ana Lívia, que morreu carbonizada dentro de casa, na última sexta-feira (25). Por determinação judicial, o corpo foi liberado e sepultado no domingo (27). O Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca ainda aguarda os familiares de primeiro grau da vítima, que devem fornecer o material genético para realização do exame de DNA. A declaração de óbito só é liberada com o resultado.
O delegado Rodrigo Cavalcanti, titular da Delegacia de Delmiro Gouveia, destacou que é preciso ouvir testemunhas e receber o laudo com detalhes sobre a morte de Ana Lívia. Somente após as oitivas e laudos técnicos, a polícia deve se posicionar sobre a responsabilização ou não dos pais da menina. Enfim, se eles foram negligentes.
A Polícia Civil vai investigar também se o incêndio foi causado por um curto-circuito. A perícia realizada no local pelo Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL) deve ficar pronta em até 30 dias.
A menina Ana Lívia, com transtorno do espectro autista (TEA), estava sozinha em casa, quando o fogo começou. O pai da criança iria buscá-la na residência, mas não deu tempo de encontrá-la com vida. Já a mãe da menina havia saído para trabalhar e deixado a filha em casa dormindo.
“As providências cabíveis já foram tomadas e as testemunhas intimadas. Estamos tentando localizar familiares, e a perícia técnica foi acionada para oportunamente, através de um laudo técnico, constatar as informações iniciais que teria havido um curto-circuito de um utensílio doméstico, que teria ateado fogo naquela residência e, consequentemente, aquela criança ter sido carbonizada”, informou o delegado, na sexta.