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Nº 5759
Cidades

AL REGISTRA QUEDA NOS CASOS DE ZIKA VÍRUS NO PRIMEIRO SEMESTRE

Ações educativas junto à população e esforços de controle do mosquito Aedes aegypti refletem em redução significativa de casos

Por TATIANNE BRANDÃO | Edição do dia 02/09/2023 - Matéria atualizada em 02/09/2023 às 04h00

O Zika Vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é uma preocupação constante no Brasil e, consequentemente, no estado de Alagoas. No entanto, dados recentes do Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação (Sinan), vinculado ao Ministério da Saúde (MS), revelam uma drástica redução nos casos de Zika Vírus no estado.

De janeiro a julho deste ano, Alagoas registrou apenas 102 casos de Zika Vírus, sem nenhum óbito associado. Comparativamente, no mesmo período do ano anterior, foram relatados 1.099 casos, também sem óbitos. Essa redução significativa dos casos evidencia os esforços e as ações implementadas no combate à doença.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) desempenha um papel fundamental nesse combate, especialmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A Sesau concentra esforços em capacitar técnicos municipais, como agentes de endemias, e oferece assistência técnica às 102 Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) em Alagoas.

Segundo a Sesau, os municípios têm a responsabilidade de buscar ativamente focos do mosquito Aedes aegypti e orientar a população sobre medidas preventivas, realizando visitas casa a casa. Além disso, a Secretaria tem investido em ações educativas para conscientizar a população sobre a prevenção em ambientes domésticos.

As orientações enfatizam a importância de evitar o acúmulo de água limpa, desencorajam o cultivo de plantas aquáticas e incentivam a limpeza de calhas, cisternas e caixas d'água, a fim de impedir a proliferação do Aedes aegypti, que pode desencadear surtos e epidemias.

As ações educativas da Sesau são disseminadas durante programas como o "Vida Nova nas Grotas" e o "Governo Trabalhando", nos quais a população também é incentivada a procurar Unidades Básicas de Saúde (UBSs) locais ao apresentar sintomas da doença. O diagnóstico precoce visa evitar complicações graves e óbitos relacionados ao Zika Vírus.

Comparativamente, no mesmo período de 2022, em Maceió foram confirmados 130 casos de Zika Vírus. Os números de 2023 representam apenas 15,38% do ano anterior. Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investiga 20 casos prováveis da doença e três já foram confirmados através de exames laboratoriais. Nenhuma morte foi registrada este ano.

De acordo com a distribuição de casos suspeitos e confirmados por Distrito Sanitário, o II Distrito Sanitário concentra o maior número de casos, com 5 suspeitos e 1 confirmado. Esse distrito abrange bairros como Ponta Grossa, Vergel do Lago, Prado, Trapiche da Barra e Pontal da Barra.

A SMS atua no controle da doença na capital em várias vertentes, dentre elas, visitas domiciliares com destruição de possíveis criadouros do mosquito; aplicação de inseticida em locais estratégicos para o vetor; educação em saúde para modificar comportamentos e evitar o acúmulo de água parada em ambientes abertos e, por fim, no âmbito jurídico, notificação e auto de infração de imóveis com acúmulo de água não corrigido após visitas, bem como imóveis abandonados.

“A Gerência de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos, em conjunto com a Vigilância Epidemiológica, monitora casos e realiza bloqueios ao redor dos imóveis afetados. Os agentes visitam casas e áreas com criadouros de mosquitos, tratando esses locais com larvicidas”, afirma a pasta.

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