
MERCADO DE TRABALHO EM ALAGOAS PARA O BIÓLOGO É COMPETITIVO, AFIRMA PR
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Por Mariane Rodrigues | Edição do dia 02/09/2023 - Matéria atualizada em 02/09/2023 às 04h00
Bárbara Ramos Pinheiro explica que a acidificação costeira é a mudança química da água, provocada por um desequilíbrio, que pode ser causado pela grande quantidade de gás carbônico na atmosfera, ou ainda por contribuição de nutrientes que chegam dos rios, em encontro com o mar.
Em meio às pesquisas, ela decidiu estender a sua atuação. Desta vez, em trabalho voluntário no Instituto Yandê, que fica em São Miguel dos Milagres. O trabalho consiste em potencializar três frentes: educação, cultura e meio ambiente. Nele, ela conscientiza crianças, faz cursos de capacitação sobre a importância do Meio Ambiente, das áreas de proteção, e leva aos condutores de jangada dos passeios da Rota Ecológica cursos para garantir que os serviços sejam feitos de maneira sustentável.
“Hoje em dia eu encaro como um grande desafio saber balancear a pesquisa de ponta com o trabalho de comunicação social, e como fruto dessa troca, poder usar a ciência para responder melhor as perguntas que a sociedade precisa para melhorar seu dia a dia e seu contato com a região costeiro-marinha”, expõe a pesquisadora e bióloga, que complementa:
“A área de conservação marinha, por muitas vezes exclui a comunidade nas ações, e não dá para fazer mais isso”.
EDUCADOR
O biólogo Claudio Sampaio é atualmente professor de Engenharia de Pesca e Biologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), no Campus de Penedo desde 2010. Nascido e criado próximo ao oceano, utilizou o mergulho como ferramenta de trabalho para consultorias ambientais, para o mestrado e doutorado.
Atualmente além de ministrar aulas na graduação e pós-graduação na UFAL, participa de grupos de assessoramento técnico para a conservação de tubarões, arraias e recifes de coral, de conselhos de áreas marinhas protegidas (APA Costa dos Corais, Reserva Extrativista Marinha Lagoa de Jequiá), municipais de meio ambiente (Conselho Municipal de Penedo). Coordena o Laboratório de Ictiologia e Conservação, onde orienta alunos de graduação e pós-graduação. Também coordena o Projeto Meros do Brasil, com ações de pesquisa e educação voltadas a conservação do peixe e dos seus ambientes.
Devido as demandas atuais, também desenvolve pesquisas e ações de comunicação sobre espécies invasoras como o peixe leão e o coral sol em Alagoas.
Segundo Claudio Sampaio, o mercado de trabalho em Alagoas para o biólogo é competitivo. É preciso “formação de excelência”, expõe ele.
“A constante demanda por profissionais cada vez mais capacitados na educação é uma realidade. Infelizmente a profissão não é valorizada, mas com a perda da qualidade ambiental, incluindo epidemias e mudanças climáticas, cada vez mais biólogos assumem papel de destaque em discussões”, ressalta o profissional.
Cláudio Sampaio acredita que a próxima geração de biólogos seja mais capacitada, mais sensível e mais tecnológica. “É nossa esperança por dias melhores no Planeta Terra”, afirma. MR