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Nº 5904
Cidades

NOVO ENSINO MÉDIO: GESTORES COBRAM INVESTIMENTO FINANCEIRO NAS ESCOLAS

Secretarias de Educação dos estados também precisam de apoio técnico do governo federal

Por regina carvalho | Edição do dia 09/09/2023 - Matéria atualizada em 09/09/2023 às 04h00

O projeto que prevê a implantação do Novo Ensino Médio ainda é alvo de discussão entre entidades que representam os trabalhadores da educação e os secretários estaduais. Ainda em agosto, gestores entregaram ao Ministério da Educação (MEC) pedido para adiar as mudanças para 2025, posicionamento criticado por sindicatos e confederações.

Ouvido pela Gazeta, Daniel Marinho, secretário-executivo de Desenvolvimento da Educação e Cooperação com os Municípios da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), destaca que, no que diz respeito à profundidade da proposta de mudança curricular, ela deve ser precedida de um investimento financeiro para que as escolas possam se preparar.

Além disso, que as escolas necessitam de apoio técnico para a formação de professores, para a avaliação da aprendizagem.

“O Novo Ensino Médio traz consigo a necessidade de as escolas estarem mais bem estruturadas e equipadas, e o governo federal precisa auxiliar as Secretarias de Educação nesse sentido, para que as unidades de ensino tenham condições, por exemplo, de manter seus laboratórios de educação profissional”, explica.

Em relação às principais reivindicações de Alagoas junto ao MEC, o secretário-executivo da Seduc destaca que são, basicamente, duas.

“A primeira é que a gente realmente tenha uma ampliação da carga horária da base nacional comum, considerando os componentes curriculares que já possuímos. Isso, inclusive, é uníssono entre as secretarias do Consed. A segunda é que haja uma padronização mínima da carga horária flexível dos itinerários formativos, porque essa padronização vai fazer com que a gente tenha, de forma mais substancial, uma orientação pedagógica de como esses itinerários serão feitos”, disse o secretário-executivo.

ENTIDADES QUESTIONAM DATA

Em relação ao tema, o Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas) detalha que ao lado da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), de outras entidades e sindicatos, se posiciona contra os órgãos como o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), CNE (Conselho Nacional de Educação) e Fonsede (Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação) e por secretários de Estado da Educação para que o MEC adie para 2025 a implementação das propostas construídas pela consulta pública para o Novo Ensino Médio.

“Lutamos para que o projeto do MEC seja enviado para o Congresso Nacional o mais rápido possível. A maior parte do que foi avaliado pelo MEC sobre a consulta está totalmente de acordo com as pautas defendidas pelo Movimento Nacional de Revogação do NEM (Novo Ensino Médio)”, destaca o Sinteal.

ENSINO A DISTÂNCIA

Quanto à educação à distância, segundo Daniel Marinho, a Seduc se organizando para ter as ferramentas necessárias, garantindo o acesso à internet ao aperfeiçoar o parque tecnológico das escolas.

“E se esta é a política a ser demandada pelo MEC, precisamos nos adequar a essa carga horária de ensino a distância, apesar de defendermos que as principais disciplinas fiquem de fora. Isso porque essa mesma carga horária, caso realmente permaneça, deve ser recepcionada como um contraponto para a recomposição da aprendizagem, para a avaliação, entre outras frentes. Ele deve ser encarada, portanto, como algo acessório”, explica Marinho.

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