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Frente Nacional realiza simp�sio em Macei� sobre transposi��o

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Na próxima quinta-feira (10), o pesquisador João Suassuna será um dos conferencistas do Simpósio Alagoano de Debates sobre a Transposição, organizado pela Frente Nacional em Defesa do Rio São Francisco. No simpósio, também serão definidas as ações para o Dia Nacional de Protesto contra a Transposição, em 22 de março. De acordo com um dos coordenadores da frente, a idéia do simpósio é “enriquecer ainda mais o debate sobre a transposição, trazendo informações que são essenciais para a formação da opinião pública alagoana em um assunto tão estratégico para Alagoas e sua população”. O projeto de integração da bacia do Rio São Francisco com as bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional tem custo estimado em R$ 4,5 bilhões, com início das obras previsto ainda para 2005. No entanto, encontra forte oposição de organizações da sociedade civil, parlamentares, Ministério Público, governos estaduais e municipais. Segundo o Ministério da Integração Nacional, o objetivo da integração de bacias é captar 26 m³/s das águas do Velho Chico, ou 1% do que despeja no mar, para abastecer as bacias dos rios Jaguaribe (CE), Apodi (RN), Piranhas-Açu (PB e RN), Paraíba (PB), Moxotó (PE) e Brígida (PE). Essas águas serão usadas para o abastecimento humano e dessedentação animal e, somente nos anos hidrologicamente favoráveis, para o desenvolvimento de atividades econômicas. Para isso, o empreendimento prevê a construção de dois canais – o Leste levará água para Pernambuco e Paraíba, e o Norte, atenderá os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. As captações serão feitas em dois pontos: em Cabrobó e no lago da barragem de Itaparica, ambos abaixo da barragem de Sobradinho. Contraponto Já a rede de organizações pertencentes à Articulação do Semi- Árido e Frente contra a Transposição do São Francisco manifestaram sua oposição em carta aberta ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos. “É impossível se discutir a transposição sem pensar em maneiras viáveis e sustentáveis para o Semi-árido brasileiro. É isto que está em jogo quando se pensa a justificativa de tal projeto: matar a sede da população sertaneja. Entretanto, não vêm sendo discutidas pelo governo as diversas formas de convivência com o Semi-árido desenvolvidas pela própria população sertaneja e por organizações da sociedade. Estas iniciativas têm mostrado, de maneira crescente, que é possível se conviver com o Semi-árido com sustentabilidade ambiental, justiça social e responsabilidade técnica, envolvendo democraticamente a sociedade, as organizações e o poder público, tanto em suas instâncias deliberativas quanto executivas”.

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