Cidades
Monitores substituem professor na volta �s aulas

FELIPE FARIAS Começaram ontem as aulas na maioria das escolas da rede estadual de ensino. Somente no Cepa, maior centro educacional de Alagoas, cerca de 8 mil alunos voltaram às salas de aula, após o recesso de fim de ano. A Secretaria Executiva de Educação (SEE) informou, por meio de sua assessoria, que ainda não foi consolidado o número total de alunos que voltaram às aulas ontem, por pelo menos três motivos: ainda existem vagas ociosas em unidades da rede, outras não enviaram as informações porque concluíram seus calendários há pouco tempo, e há escolas que não começaram os trabalhos relativos a 2005. Logo cedo, a movimentação era intensa nas alamedas de acesso às escolas. Segundo os professores, boa parte da movimentação era proveniente da busca de informações sobre novas turmas e localização das salas, por parte dos alunos novatos. É que, como boa parte das unidades do Cepa oferece ensino médio, recebe estudantes transferidos de outras escolas, após o encerramento do ensino fundamental. Já no Instituto de Educação, muitas salas apresentavam um número bem abaixo do de matriculados. Na 1ª série, por exemplo, havia apenas onze dos vinte e cinco alunos previstos para a turma, este ano. Mas, segundo a professora, a ausência era uma situação até certo ponto comum no primeiro dia de cada novo ano letivo. Para se adequar às exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), as turmas dessas séries terão de ter número reduzido de alunos; não passando de 35 matriculados. Mas, apesar da volta às aulas na maioria das unidades, nem todas as escolas do maior centro educacional do Estado recomeçaram as atividades do ano letivo nesta segunda-feira. Duas das mais importantes, ainda não começaram as aulas: a Escola Moreira e Silva marcou o início do ano letivo para o próximo dia 10, e a Escola Princesa Isabel, para duas datas diferentes: dia 14, para as turmas do período diurno e 21, para os do noturno. Em muitas salas, os professores dedicaram as primeiras aulas do dia de volta às salas para atividades diferentes da aplicação de conteúdo: em vez de apresentar matéria, organizaram técnicas de grupo para entrosar os novos colegas entre si. Monitores Apesar do retorno, muitas unidades da rede ainda convivem com o problema representado pela falta de professores. Segundo a Secretaria de Educação, faltam cerca de 2 mil docentes em sala de aula, sobretudo nas disciplinas que exigem formação específica para serem ministradas, como Física, Química, Matemática e Biologia. Em muitas turmas as aulas estão sendo dadas por monitores ou alunos de cursos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que receberam bolsas para atuar na rede estadual de ensino. Eles possuem contratos temporários de trabalho e não são servidores efetivos do quadro da educação.