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Nº 5900
Cidades Mutirão do INSS começou nesta segunda-feira (23) e segue até 29 de outubro, em Maceió

MUTIRÃO DO INSS PREVÊ ATÉ 5 MIL PERÍCIAS MÉDICAS NA CAPITAL DE AL

Os procedimentos serão feitos na agência da Previdência Social localizada na Travessa Dona Constança

Por Thiago Gomes | Edição do dia 24/10/2023 - Matéria atualizada em 24/10/2023 às 04h00

Entre 3 mil e 5 mil atendimentos são estimados no mutirão de perícias médicas, anunciado pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], que começou nesta segunda-feira (23) e segue até 29 de outubro, em Maceió.

Os procedimentos serão feitos na agência da Previdência Social localizada na Travessa Dona Constança, no bairro do Poço. Na manhã desta segunda, era grande o número de segurados à espera do procedimento.

A capital alagoana foi escolhida pelo Ministério da Previdência Social para o início destes mutirões regionalizados para atender segurados que aguardam atendimento de perícia médica há mais de 45 dias.

De acordo com o gerente-executivo do INSS em Alagoas, Marcos Figueiredo, os atendimentos serão para requerimentos agendados para concessão de Auxílio Doença, de benefício por incapacidade temporária, além dos benefícios de prestação continuada.

Nestes casos, ele orienta aos segurados a entrar em contato com a Previdência Social, pela Central 135, aplicativo Meu INSS ou no site meu.inss.gov.br para reagendar na semana do mutirão. Os novos pedidos também poderão ser agendados neste período, caso tenha vaga.

“O critério para o atendimento é por ordem de agendamento. O INSS não tem corpo técnico suficiente para fazer contato com os segurados e estabelecer as linhas de prioridade”, destacou Figueiredo.

Ele informou que não dispõe do quantitativo de perícias pendentes em Alagoas. Este tipo de informação é de responsabilidade do Departamento de Perícia Médica Federal (DPMF).

“Esse mutirão vai causar um impacto na fila e quem está aguardando há muito tempo este procedimento de perícia médica. As vagas serão abertas paulatinamente e já podem ser agendadas nos canais do INSS. Uma média de 300 vagas serão disponibilizadas por dia”, frisou.

O próprio segurado poderá pedir a antecipação do exame. Esta é primeira vez que se faz uma frente de mutirões nesse formato. O Ministério da Previdência Social montou uma força nacional de perícia médica com peritos de outras regiões, sobretudo do Sul do país para reforçar a ação.

PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO

A ação regionalizada faz parte do Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), que desde junho vem realizando atendimentos de avaliação social, administrativo e perícias médicas em diversas regiões do país.

O mutirão em Maceió seguirá o mesmo molde do que está em andamento no Maranhão, que até o dia 25 estima atender mais de mil pessoas na Agência da Previdência Social Bom Menino.

FILA ZERADA

Na quarta-feira (18), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que espera reduzir a fila de concessão de benefícios do INSS até o final deste ano. A expectativa do governo federal é que, até dezembro, o tempo médio de espera por uma perícia médica caia para 45 dias, conforme é previsto em lei.

“Acredito que, até o final do ano, vamos ter a fila para os 45 dias da lei. A lei permite até 45 dias. E no ano que vem, espero viver um outro patamar para melhorar ainda mais esse serviço”, disse Lupi.

Segundo o ministro, isso será possível porque o ministério vem adotando uma série de medidas para reduzir as filas, entre elas o Programa de Enfrentamento da Fila (PEF), a inauguração de novas agências e também a melhoria da plataforma Meu INSS. “Nós também estamos tomando medidas que são permanentes como o Atestmed, que já está aberto em todas as agências da Previdência Social”, disse o ministro.

A plataforma Atestemed foi criada para que segurados do INSS que precisam solicitar o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) façam o requerimento por meio de análise documental (Atestmed), sem precisar passar pela perícia médica.

Como a Gazeta mostrou, a fila do INSS para conseguir benefício aumentou 21,04% em Alagoas no primeiro semestre deste ano. O ano começou com 29.853 alagoanos aguardando uma resposta do órgão. Já no final de junho, o balanço aponta que esse contingente subiu para 36.151, ou seja, 6.298 pessoas a mais. Em todo o Brasil, a fila cresceu 15,43%, saindo de 1,2 milhão de pessoas para 1,4 milhão de pessoas.

De acordo com os dados, a maioria dos alagoanos espera por uma resposta acerca de pedido de benefício ou aposentadoria há mais 45 dias, que é o prazo regulamentar. Estão nessa situação de prazo extrapolado, 24.457 alagoanos.

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