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Novo �xodo rural tem rota ilegal e clandestina

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FÁTIMA ALMEIDA Alagoas tem cerca de 100 mil trabalhadores rurais empregados durante a safra da cana-de-açúcar, que se estende de setembro a março. No entanto, 60% desse contingente perde os postos de trabalho na entressafra, que vai de abril a agosto. Isso faz com que o Estado seja um dos principais fornecedores de mão-de-obra rural para outros estados. De acordo com a Procuradoria Regional do Trabalho (PRT), mais de 20 mil trabalhadores deixam Alagoas todos os anos, em busca de trabalho em outros estados, mas não passam de nove mil as contratações legais. O restante, mais da metade, é recrutado de forma irregular e sai clandestinamente, o que os torna mais vulneráveis à exploração e até a condições de trabalho análogas à escravidão. Sem a garantia dos direitos trabalhistas assegurados e, às vezes, sem trabalho e sem condições de voltar, muitos se submetem a situações degradantes e vêem se transformar em inferno a promessa e o sonho de trabalho digno para sustentar a família. A maioria desses trabalhadores sai em ônibus fretados de empresas de turismo, mas basta uma abordagem da Polícia Rodoviária para verificar que eles não são turistas e não estão fazendo nenhuma excursão. São, na verdade, trabalhadores que viajam sem garantias e sem passagem de volta.

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