Policiais e governo n�o chegam a acordo quanto a aumento salarial

CARLA SERQUEIRA O reajuste salarial continua sendo a principal pauta entre os oficiais, tenentes e subtenentes, cabos e sargentos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Ontem, no quartel da PM, por volta das 10h, as associações de policiais se reuniram a fim de discutir uma contraproposta para o governo de Alagoas. A categoria reivindica 24% de aumento salarial, sendo 8% retroativos a dezembro e mais 2% acrescentados em cada mês, até alcançar o total indicado. O governo, durante as negociações, propôs 5% retroativo a janeiro e mais 5% de reajuste em julho. A proposta foi rejeitada pelos policiais. Na reunião, os policiais militares e bombeiros fecharam uma contraproposta. Segundo o major PM Lucena, presidente da Associação dos Oficiais, a sugestão é utilizar a verba de R$ 3,6 milhões, que seria destinada à realização de concurso público para os cargos de policiais militares e bombeiros voluntários, para investir no policial efetivo. “O governo insiste na proposta de 10%, que não contempla ninguém. Ao invés de investir em novos policiais, o governo deveria investir no efetivo, que hoje faz bicos como segurança para complementar a renda”, afirmou, dizendo que, caso o governo reveja a necessidade de concurso, a corporação vai refazer o percentual de reajuste salarial. “Mas só se o governador aceitar reverter esta verba para o serviço voluntário extraordinário”. O secretário de Defesa Social, Robervaldo Davino, chegou no final da reunião e informou que vai esperar a proposta para discutir com o governador.