A Universidade Federal de Alagoas concluiu, na semana passada, o projeto de reestruturação curricular do curso de medicina. O projeto foi apresentado em reunião do Pólo de Saúde da Família pela coordenadora do Núcleo de Ensino Médico da Ufal, Rosana Vilela. A alteração do currículo é uma exigência do Ministério da Educação, para que o curso possa se adequar à medicina coletiva aplicada pela estratégia do PSF. “As transformações da sociedade nos levam a crer que o curso médico não tem os reflexos necessários para a formação de um médico. Por isso, a Ufal está repensando sua prática na formação desse profissional”, explicou Rosana Vilela, acrescentando que as medidas devem começar desde já. “Se o professor não muda, o aluno não pode mudar. Então, temos que tirar o aluno de dentro dos hospitais e fazê-los freqüentar a rede pública de saúde”, observou. Segundo ela, o núcleo já vem se reunindo há dois anos, foi criado para avaliar e acompanhar o curso de Medicina e elaborou esse projeto que será encaminhado ao Ministério da Saúde, para conseguir financiamento para a capacitação de profissionais. Os recursos, de acordo com ela, giram em torno de R$ 600 mil por ano, durante três anos, e destinam-se à capacitação, consultoria e aquisição de equipamentos. “A proposta é incrementar a produção científica voltada à atenção básica de saúde. Ofertar educação permanente, especialização, residência médica, entre outros, articulados com os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explicou.