Cidades
Samu realiza curso de param�dicos

FÁBIA ASSUMPÇÃO Repórter A enfermeira Paula Melo entrou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) há apenas cinco meses. Aprovada no último concurso público realizado pela Secretaria Executiva de Saúde, nesses primeiros meses ela se adaptou à rotina do serviço, acompanhando e observando o trabalho das equipes mais antigas do Samu. Agora, Paula se prepara para deixar de ser uma observadora e partir para a prática. Ela faz parte da primeira turma do curso de capacitação para equipes do Samu, que está sendo realizado pelo Corpo de Bombeiros em parceria com a Secretaria de Saúde. O curso tem carga horária de 50 horas, com duração de 10 dias. Ao todo, 190 novos profissionais do Samu, aprovados no concurso da Sesau, participarão do curso, divididos em seis turmas, cada uma com 70 participantes, entre motoristas, técnicos de enfermagem e enfermeiros. O capitão do Corpo de Bombeiros Carlos Buriti explicou que o curso está sendo ministrado por 12 instrutores do Grupamento de Salvamento Especial do Corpo de Bombeiros e inclui aulas teóricas, práticas de primeiros socorros e técnicas de enfermagem. Segundo Buriti, o treinamento inclui simulação de situações que os socorristas do Samu podem vivenciar no dia-a-dia, como trabalhar molhado, com roupas sujas e em meio a tiroteios ou incêndios. Todos os participantes passarão por uma avaliação para receber um certificado. Se não forem aprovados, eles serão desligados temporiamente do serviço, até passarem por nova avaliação. Habilidade A enfermeira Paula Melo espera garantir mais habilidade para o trabalho de atendimento de urgência, com o curso de capacitação. O atendimento pré-hospitalar trabalha em cima de um padrão. Com esse curso, vamos padronizar o nosso atendimento com o de resgate do Corpo de Bombeiros. Ela disse que sempre gostou do trabalho de resgate e ficou satisfeita quando soube que seria designada para o Samu. Paula afirmou que não são todos que se adaptam ao trabalho do Samu, que exige o enfrentamento de situações adversas, como a presença de curiosos, tiroteios, ameaças de agressões por parentes de vítimas de acidentes, entre outras. Ou você gosta ou não se adapta, mesmo que passe dez anos nesse trabalho, diz Paula. Muitas vezes, a gente é chamado a fazer atendimentos em meio a tiroteio, conta, para ilustrar as situações vividas pelas equipes do Samu. O serviço funciona em Alagoas há três anos. O coordenador médico do Samu, João Medeiros, disse que são feitos entre 1.600 e 2 mil atendimentos por mês. Antes da convocação dos concursados, o Samu tinha um quadro de cerca de 160 funcionários. Hoje, são mais de 400, entre pessoal administrativo e do serviço de socorro. Esse curso tem como objetivo capacitar os novos socorristas, para que eles posssam começar a atuar. Unidades O serviço funciona com sete unidades básicas e três Unidades de Suporte Avançado (USA). Estas são usadas para atendimento dos casos mais graves, como traumas, paradas cardíacas e pessoas presas a ferragens, depois que são liberadas pelo Corpo de Bombeiros. O Samu atende desde casos de traumas a obstétricos. Segundo Antônio Medeiros, o atendimento do serviço cobre hoje a área entre os municípios de Barra de São Miguel e Barra de Santo Antônio. E já está sendo estruturado um Samu para a região de Arapiraca.