ÓRGÃOS FAZEM SIMULADO NOS BAIRROS AFETADOS DE MACEIÓ
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Por TATIANNE BRANDÃO | Edição do dia 09/11/2023 - Matéria atualizada em 09/11/2023 às 04h00
Dois dias após serem registrados abalos sísmicos no bairro do Mutange, em Maceió, diversos órgãos realizam, nesta quarta-feira (8) e quinta-feira (9), um simulado para desastres de grandes proporções. No entanto, apesar do fenômeno ocorrido na segunda-feira (6), as autoridades afirmam que o exercício é feito todos os anos. O último simulado ocorreu em 2019.
Participam do simulado militares das Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica -, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesas Civis Municipal e Estadual, além da Cruz Vermelha.
“A operação tem sido feita anualmente e o objetivo é integrar as diversas instituições em casos semelhantes a um desastre de grandes proporções, onde essas agências colaboram no sentido de uma operação comunitária do Exército. Para nós, é um exercício de grande proporção, sendo exercitada a integração das Defesas Civis Municipal e Estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Desenvolvimento Social e Cruz Vermelha. Nessa integração, é criada uma sala de situação e, a partir daí, iniciam os simulados e essas instituições vão a esse locais fazer o exercício de simulação”, afirma o coordenador adjunto Defesa Civil de Maceió, Geraldo Júnior.
Segundo ele, os locais onde ocorrem os simulados não podem ser divulgados para não comprometer o rendimento do exercício. “O objetivo é trazer o máximo de realidade para avaliar o tempo de cada instituição em um caso de desastre”, assinalou Geraldo.
Durante o exercício, podem ser utilizados recursos das Forças Armadas. “Aquáticos e aeronaves podem entrar no exercício, a depender da necessidade. Ninguém vai querer que exista um desastre mas, em havendo, que essas instituições estejam preparadas com tempo de resposta para prestar esse serviço para a sociedade”, reforçou ele.
Na segunda-feira (6), foram registrados dois abalos sísmicos no bairro do Mutange, nas proximidades do antigo Hospital José Lopes. Os tremores ocorreram às 11h58. O primeiro teve magnitude local de 1.15 e o segundo, magnitude local de 1.38.
Conforme nota da Defesa Civil, tais proporções dos eventos têm nível baixo, sem potencial de causar danos à superfície ou serem sentidas pela população, só sendo identificadas pelos equipamentos de monitoramento.
Apesar da afirmativa, moradores relataram à Gazetaweb que sentiram o tremor no final da manhã e início da tarde.
Por meio de nota, a Braskem explicou que os abalos sísmicos ocorreram onde há uma rede de monitoramento robusta, uma das mais modernas do país, capaz de detectar movimentos de baixa intensidade em profundidade e superfície.
Além disso, a mineradora salientou que os movimentos detectados no solo foram de baixa magnitude e não alteraram a rotina da região. E que, preventivamente, as atividades no local foram paralisadas.