De janeiro a outubro deste ano foram realizados 4.440 atendimentos a pacientes que sofreram acidentes de trânsito. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Hospital Geral do Estado (HGE). No ano passado, nesse mesmo período, foram notificados 4.388 atendimentos, representando um aumento de 1,18%.
O balanço do maior hospital de urgência e emergência de Alagoas mostra que, entre os pacientes que deram entrada no hospital, 2.036 pessoas foram vítimas de colisões, 1.636 de acidentes de moto, 409 de atropelamentos, 245 de quedas de bicicleta e 114 de capotamentos.
Situação que preocupa a equipe multidisciplinar do HGE, uma vez que, como se sabe, grande parte dos acidentes de trânsito podem ser evitados com mais prudência, atenção e respeito às normas de trânsito. Para o médico especialista em traumas, Álvaro Bulhões, o número continua alto devido a maus hábitos nas vias, como o uso do celular, seja do condutor como do pedestre; o consumo de bebidas alcoólicas; e as distrações, inclusive de pedestres que atravessam a rua fora da faixa indicada.
“Os acidentes com moto continuam preocupando muito, pois, na maioria das vezes, resultam em ferimentos completos, dolorosos, que exigem um tratamento mais longo; o que resulta no maior tempo de hospitalização, no afastamento do local de trabalho, na diminuição da renda familiar e até em sequelas permanentes que podem causar mudanças na vida de quem ficou ferido e em seus dependentes diretos”, alertou o médico do HGE, Álvaro Bulhões.
Qualquer pessoa ferida em um acidente de trânsito pode buscar atendimento no HGE, entretanto a recomendação é que se houver risco de fraturas, antes acione imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sem mexer no corpo da vítima, para o transporte seguro. O Corpo de Bombeiros deve ser acionado nos casos cujos envolvidos estão presos em ferragens ou em condição de risco.
“As nossas equipes estão prontas, qualificadas, preparadas para assistir os cidadãos que venham a sofrer um acidente de trânsito. Entretanto, a nossa alegria seria celebrar que poucas pessoas busquem esse atendimento, tão danoso à nossa sociedade. O número de sequelados, fisicamente e mentalmente, cresce todos os dias. E isso pode ser evitado, basta cada um fazer a sua parte”, comentou o diretor geral, Fernando Melro.