Cidades
PM abre hoje sindic�ncia contra oficial

| MAIKEL MARQUES Repórter Sucursal Arapiraca - A Corregedoria Geral da Polícia Militar inicia, hoje, processo de sindicância administrativa com a finalidade de investigar o caso em que o tenente Silva Júnior, lotado no 3º Batalhão, em Arapiraca, é acusado de disparar um tiro de pistola no abdome de Geovana Pereira Rocha, 21. A estudante continuava ontem internada em estado grave na UTI da Unidade de Emergência, em Arapiraca. O acusado alega que o disparo foi acidental, mas os pais da vítima discordam da versão do militar e acreditam em disparo com intenção de matar. Temos prazo de 30 dias para concluir a sindicância. A investigação começa amanhã [hoje], garantiu, ontem, o coronel Cleberon Melo Costa, subcomandante da PM de Alagoas. Para evitar suposta pressão ou coação de testemunhas que presenciaram o disparo do tiro de pistola, o comando geral da PM decidiu transferir o tenente de Arapiraca para Maceió. O acusado exerce agora função administrativa porque, segundo seus superiores, está abalado e sem condições psicológicas de exercer sua função nas ruas da cidade. Lotado no 3º Batalhão da PM em Arapiraca, Silva Júnior é acusado de disparar um tiro de pistola no abdome da estudante Geovana Pereira. Ela foi ferida quando se divertia no bar Altas Horas, no bairro São Luiz, periferia de Arapiraca. Silva Júnior prestou socorro à estudante e a levou à Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca. Geovana foi internada na noite de 19 de abril [terça-feira], mas o fato só chegou ao conhecimento da imprensa quinta-feira da semana passada. Silva Júnior prestou socorro à estudante e em seguida, me informou do fato por telefone. Ele defende a tese de tiro acidental, explica o coronel Luciano Silva, comandante do 3º Batalhão da PM. Em seguida, comuniquei o caso à Polícia Civil. O tenente se apresentou à delegada [Elisabeth Sampaio] e prestou depoimento, completou o coronel, segundo o qual não houve qualquer corporativismo com o objetivo de proteger o oficial. Familiares de Geovana explicaram que seu estado de saúde ainda inspira cuidados. Geovana teve uma ligeira melhora, mas continuava na UTI até ontem à tarde. Ela respira através de aparelhos. O projétil disparado atingiu o pâncreas, o baço e parte do intestino da estudante. Houve evolução em seu quadro clínico, mas ela ainda corre risco de morte, explicou um parente. Ontem à tarde, a reportagem da Gazeta localizou a mãe da estudante, Zuleide Rocha. Ela não quis conceder entrevista, mas informou que a saúde de sua filha ainda inspira cuidados.