O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, informou à Gazeta que o ritmo de velocidade de afundamento da mina 18 teve redução nessa sexta-feira (1º).
“Continuamos em alerta, mas vimos que deu uma amenizada, reduziu a velocidade de afundamento, assim temos mais tempo para agir”, disse o coordenador da Defesa Civil Municipal, que não informou de quanto foi essa redução.
O órgão reforça que as pessoas não devem transitar pela região até que novas recomendações sejam feitas. A estimativa divulgada na última quinta-feira (30) era a de que a mina iria colapsar no início da manhã dessa sexta, o que não ocorreu. Até o fechamento desta edição, a situação permanecia sem alterações.
CRATERA
Com o calapso da mina, a Defesa Civil prevê o surgimento de uma cratera de até 300 metros. A previsão era que o solo se abrisse no começo da manhã dessa sexta-feira (1º), o que não ocorreu, mas isso é “questão de tempo”, segundo técnicos.
Em 48 horas, foi registrado um afundamento de 1 metro e 6 centímetros do solo. Antes, esse afundamento vinha sendo de 50 cm por dia, segundo a TV Gazeta. O aumento de 3 cm para cada 24 horas foi considerado uma aceleração da movimentação.
Esse afundamento do solo é provocado por causa de uma das minas de sal-gema da indústria petroquímica Braskem. Elas criaram espécies de “ocos” no subterrâneo, que foram preenchidos com um líquido em vazamento. Esses túneis foram construídos desde 1994.
Por conta do risco imediato de colapso, houve a proibição da navegação na Lagoa Mundaú, mas não há risco de tsunami, conforme informou o tenente-coronel Moisés Melo, do Corpo de Bombeiros. Porém, ele alerta sobre o afundamento: “É só questão de tempo”.
No momento do colapso, são previstos tremores de terra na região, mas isso não deve provocar estragos nas construções ao redor, segundo as autoridades.